Capítulo XXIX

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UTAHIME

ALGUNS MESES DEPOIS...

Olho para o meu pai, depois para Gojo e por último para a criança de quase nove meses dentro do carro batendo as mãos no volante animada. Todos os três estão com um sorriso no rosto e eu sou a única com expressão alarmada.

— O senhor comprou um Jipe para um bebê? — pergunto novamente para o meu pai, e ele novamente responde com um sorriso no rosto.

— Não é lindo?

— O senhor tem noção que ela só tem...

Nesse momento o Mini Jipe branco começa a andar com minha filha ainda dentro do carro, olho para Gojo que está com o controle remoto do carro e vou até ele batendo os pés.

— Pare com isso! — tento pegar o controle dele mas ele desvia.

— Ela tá com cinto de segurança, relaxa gatinha. — ele mexe no controle e o carro continua a andar em nosso gramado, Yumi dentro do carro dá gritinhos infantis animada.

— Vocês estão loucos? Ela só tem meses, esse tipo de coisa é recomendado para crianças acima de três anos!

Tento pegar o controle novamente e não consigo de novo.

— Que besteira minha filha, você andou comigo em um jet-ski quando tinha três anos e ainda tá aqui para contar história.

Olho para o meu pai sem dizer nada e desisto de tentar entender ele, assim como desisto de pegar o controle e vou até o carro dando voltas devagares e paro em frente a ele. Gojo fez o carro parar com o controle remoto e finalmente tiro minha filha de dentro dele, o que é claro, ela odiou. Começa a resmungar com raiva e bater as pernas gordinhas em reprovação.

Passo por eles levando o bebê irritado em meu colo e olhando para os dois.

— Pai, não foi um prazer te ver hoje e pode levar essa monstruosidade de volta, Yumi não vai andar nisso novamente.

— Utahime você tem que entender que ela é minha única neta, quem eu vou mimar se não ela? — ele coloca a mão no coração dramaticamente — Só Deus sabe se estarei vivo amanhã.

— Meu sogro, não fique assim. — Gojo aproximar de meu pai e o abraça em consolação — O carro pode ficar, e qualquer coisa extravagante que queira dá para Yumi você tem o meu consenso para isso.

— Sério? — meu pai bate nas costas de Gojo como se tivesse vendo seu filho voltar da guerra.

— Não. — digo ao mesmo tempo que Gojo responde.

— Sim.

Bufo já cansada do teatro dos dois.

— Vou banhar Yumi para levar para sua mãe, e se você se atrasar eu vou para o jantar sem você. — aviso a Gojo e entro dentro de casa, mas ainda consigo ouvir meu pai falar alto e bom claro.

— Não sei como você aguenta ela.

— São os peitos.

Reviro os olhos, sabendo muito bem que quando eu voltar, vou encontrar o Mini Jipe na sala. Assim como o pula-pula em meu quintal, o castelo inflável, entre outros presentes extravagantes que Yumi ganhou de meu pai e que Gojo amou.

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