UTAHIME
Depois de vinte e um dias na UTI Neonatal, Yumi finalmente veio para casa. Quando a enfermeira trouxe o bebê enrolado em sua manta lilás, combinando com o laço e macacão de tricô, não fui capaz de segurar as lágrimas. Sinceramente, não sabia que era possível chorar ainda mais do que já tinha chorado nos últimos dias.
— Você vai acabar deixando ela mal acostumada. — Ieiri comentar.
No momento sou incapaz de tirá-la de perto de mim. Yumi dorme, acorda, mama, dorme de novo e eu ainda não a tirei de meus braços. Estávamos em seu quarto, eu na poltrona e Ieiri no guarda roupa de Yumi tirando as roupas limpas de bebê da mala.
— Tudo bem. — sussurro distraída enquanto passo o dedo devagar em seus cabelos brancos, em suas sobrancelhas pequenas e acho incrível que de tudo nela, apenas os cílios eram pretos, e me convenço que isso era graças a mim porque de resto ela era um mini Gojo.
— Incrível como ela se parece com ele — Ieiri aproxima seu rosto da bebê — Aquele lance de inseminação artificial não iria colar.
Riu, o que faz Yumi resmungar, mas não acorda.
— Eu tinha esperanças de pelo menos os olhos dela serem castanhos.
— Suas esperanças foram para o ralo querida. — Ieiri pega em uma de suas mãos pequenas — Você é a coisa mais linda que eu já vi nesse mundo.
— Você diz isso porque não me viu pelado.
E é dessa forma que Gojo anuncia sua chegada ao quarto da bebê. Ele havia saído para deixar sua mãe em casa. Nora e meu pai nos acompanharam quando fomos buscar Yumi no hospital e nos fizeram companhia por algumas horas depois disso, mas eventualmente tiveram que ir embora, com a promessa de que voltariam.
— Eu já tive essa infelicidade, sim, lembra de umas semanas atrás quando sem querer vi você...
— Certo. — Gojo a corta no meio da frase o que me deixa curiosa.
— Mas o que você...
— Posso pegá-la? — ele desconversa, o que infelizmente dá certo pois o bebê em meus braços resmunga abrindo os olhos e nos prestigiando com o seus lindos olhos azuis. Depois que higienizar as mãos Gojo a pega. — Sentiu saudades, princesa?
— Já faz três horas que Yumi chegou e em nenhum momento ela foi colocada no berço, não vejo a hora de vocês perderem o sono por conta disso.
— Eu não preciso dormir mesmo. — Gojo responde. Minha amiga riu e eu também, ele com certeza não sabe o que tá lhe esperando.
♧♧♧
Em um mês eu fiz mais coisas que falei que não faria do que eu imaginava. Umas delas foi comprar um mini berço que fica acoplado a cama, eu tentei, juro que tentei, mas não consigo deixar minha filha longe de mim e Gojo concordava comigo pois ele gostava de ficar do lado em que o berço ficava acoplado, e quando Yumi acordava ele a pegava e quando via que não tinha como acalmá-la a passava pra mim.
Tive que procurar ajuda de uma consultora de amamentação depois que comecei sentir dor quando alimentava minha filha, o que foi de grande ajuda pois estava fazendo várias coisas erradas e não tinha percebido. E sobre Gojo não ver meus seios? Não durou um dia com Yumi em casa, e sinceramente, eu não ligo mais, quando ela ta chorando pouco me importo quem está olhando.
Mas mesmo com as noites não dormidas, dias sem lavar os cabelos, eu me sinto feliz, é cansativo, mas ainda assim, não trocaria nada no mundo por isso.
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Técnica Reversa
عاطفيةAmor e ódio não se excluem, movem-se num mesmo campo e, apesar de possuírem aspectos aparentemente distintos, a relação entre estes dois sentimentos envolve uma ligação entre eles. Gojo e Utahime eram conhecidos por terem uma dinâmica de cão e gato...