Capítulo XXI

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UTAHIME

Certa vez Ieiri comentou que eu cedia as coisas muito rápido para Gojo, na época não discordei, o que foi até bom, considerando que também falei que as chances de Gojo e eu transar novamente eram mínimas, e agora me encontro deitada em minha cama com Gojo confortavelmente entre minhas pernas.

Minhas pernas estão cruzadas em sua cintura enquanto ele faz movimentos de vai e volta por cima de nossas roupas de dormir, o tecido de meu short era fino e eu podia sentir toda sua ereção se esfregando ali. Quando preciso separar nossas bocas em busca de ar, Gojo desce o rosto até meu pescoço e depositou beijos até chegar em meu seios, como estou com sutiã de amamentação ele sobe o rosto novamente, mas não me beija, ele olha a alça do sutiã e o solta fazendo o meu seio  direito ficar amostra, e sem muita cerimônia coloca a boca. Sua língua rodeou a aréola e chupa, ele faz isso algumas vezes me fazendo segurar sua cabeça enquanto fico excitada quando ele solta o seio fazendo um pop com a boca, ele faz isso algumas vezes que quando percebo sua real intenção já é tarde.

— Gojo. — ergo sua cabeça de meu seio e vejo ele engolir o líquido, que não foi pouco não. Gojo me dá um sorriso tentando parecer inocente, mas tudo o que ele menos parece é isso, principalmente quando percebe que escorregou leite no canto de sua boca e ele limpa com a língua.

— É bom. — ele tenta colocar meu seio direito na boca novamente mas consigo impedir. Ele rir e sobe o rosto ficando cara a cara comigo novamente. — Nunca percebi que tinha um cheiro doce.

— Isso foi nojento.

— Discordo. — e me beija. Infelizmente consigo sentir o gosto de meu leite em sua boca, mas logo esqueço quando sua língua começou fazer movimentos sutis e lentos com a minha, uma de suas mãos aperta minha cintura e desce até o cós de meu short de dormir. Quando sua mão entra em minha calcinha e apalpa entre minhas pernas sentindo a lubrificação ali, eu gemo junto com o choro infantil que toma conta do quarto.

Toda a excitação vai embora, Gojo tira a mão que estava entre minhas pernas e sai de cima de mim, eu me sento rápido e vou até o berço acoplado na cama. Yumi está com os olhos abertos e chutando a manta que está em cima dela, passo o álcool na mão e pego o bebê, estou prestes a colocar em meu seio direito quando lembro. Maravilha, como eu digo a minha filha que o seio que era pra ela mama agora o seu pai tomou o que tinha? Troco ela pro lado esquerdo e fechou o lado direito do sutiã.

— Eu vou ao banheiro. — Gojo anuncia e praticamente corre para lá fechando a porta, pouco tempo depois escuto o chuveiro ligado e suspiro. Eu também preciso de um banho frio.

Quando Gojo volta para cama eu estou cochilando, Yumi ainda está tentando tirar leite que sai aos poucos.

— Utahime?

— Oi. — respondo sonolenta.

Ele não diz nada por vários segundos e começo achar que ele dormiu, mas quando finalmente fala é apenas um "boa noite". Sim, uma ótima noite.

♧♧♧

Já se passaram dois dias desde que nos beijamos e Gojo não falou nada sobre, na verdade ele está agindo como se não tivesse acontecido, também estou fazendo o mesmo já que quem beijou primeiro foi ele. 

— Falam que mulheres são complicadas, mas vai entender os homens. — termino de amarrar Yumi na Wrap Sling e respiro cansada. — Colocar você nisso cansa.

Ela cospe o pipo na boca e me dá um sorriso banguela, o que me faz perder totalmente a postura. Encho seu rosto de beijo o que resulta ela tentando pegar meu nariz com a boca.

— Eu te amo tanto, eu já falei isso hoje?

Sim, mamãe. — imito uma voz infantil.

— Pois é, amo muito, muito, muito, muito.

Como ainda é muito pequena Yumi não sabe dar uma risada direito, mas como sua mãe sei que ela está se divertindo.

— Pronta? — pego o controle do som e dou play na música, me posiciono no meio do estúdio e começo a dançar Swan Lake com Yumi presa ao meu corpo graças ao Wrap Sling. 

Não dou piruetas, ou rodadas mirabolantes, apenas movimentos leves, apenas para ter um gostinho do ballet. Estou na ponta dos dedos e dando minhas giradas quando vejo o vulto pelo espelho e paro. Quando olho em direção a porta vejo Gojo encostado na parede assistindo a gente.

— Você quase me mata do coração. 

— Não pare por minha causa. — ele afasta da parede e vem em minha direção, em suas mãos tem alguns papéis mas ele guarda no bolso para pegar as minhas mãos. Só quando ele começa a fazer os movimentos para o lado e para o outro que percebo que ele está dançando valsa. 

— Essa música não é nem um pouco apropriada para uma valsa. 

— Não me importo. 

Escutando a voz de Gojo, Yumi tenta olhar para ele mas não consegue e começa a resmungar por conta disso. Nunca vi um bebê ser tão apegado ao genitor como Yumi é com Gojo, e eu sentiria ciúmes se não soubesse que ele a ama tanto quanto. 

Gojo para facilitar, muda de posição e fica atrás de mim colocando seu rosto em meu pescoço para ela o olhar melhor, e funciona pois a mesma da um de seus famosos sorrisos banguela. Gojo rir fazendo cócegas em meu ouvido e deixando minha pele arrepiada.

— Você quer pegá-la?

— Já já, mas antes quero fazer uma proposta pra você. 

— Que proposta?

Ele passa os braços ao meu redor e me abraça por trás. 

— Por favor, não fale nada pervertido na frente de Yumi, não quero traumatizá-la ainda mais.

— Ela não vai lembrar. 

— Mas eu sim.

— E eu também. — posso sentir ele sorrindo próximo ao meu rosto. Isso está indo para um território perigoso.

— Qual a proposta? 

Gojo sai de trás de mim e fica em minha frente.

— Daqui a dois meses vai rolar um desfile e fui chamado.

— Que legal.

— O problema é que vai ser em Honolulu.

— No Havaí? — concorda — Pode ir tranquilo, consigo da conta.

Nunca fiquei realmente sozinha com Yumi nesses dois meses, sempre era algumas horas até Gojo chegar, mas pra tudo tem uma primeira vez.

— Vocês vem comigo. 

— Como?

— Falei com o meu agente e ele concordou.

— Yumi é muito pequena pra sair em viagens. 

— Ela já vai estar com quatro meses na época, conversei com sua pediatra e ela falou que tudo bem, ainda vou levar duas pessoas pra ajudar a gente enquanto estivermos lá. 

— Quem?

— É surpresa.

Bem, não vejo o porquê de não concordar.

— Tá bom.

Nesse momento Gojo tira os papéis do bolso e me entrega, quando pego percebo que são vários papéis e franzo a testa quando começo ler o conteúdo deles. Eram exames de laboratório e todos tinham o nome de Gojo, quando finalmente me dou conta do que se trata, um arrepio toma conta de meu corpo.

— Estou limpo.

Ele fez todos os exames de IST e todos deram negativo, um milagre no meu ver, mas ainda assim, ele fez só porque eu pedi depois de falar que... Merda.

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