Capítulo III

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GOJO

Encaro o homem atrás do balcão preparando as bebidas do bar. Eu o conheço de algum lugar mas não sei de onde e não lembrar disso estava me matando.

— Se você quiser o número dele eu peço pra você. — Ieiri comentar fazendo Geto rir.

Já faz duas semanas que eu havia voltado de viagem e só hoje conseguimos sair os três juntos. Apesar de ver Geto todos os dias já que moramos no mesmo apartamento, conciliar nossos horários com os de Ieiri estava meio difícil, principalmente agora que ela estava morando com Utahime e por algum motivo parecia não querer ficar longe da mesma.

— Eu tenho a sensação que conheço ele de algum lugar.

— Cara, ele é o pai de umas das crianças que você gosta de brincar de basquete na quadra do condomínio.

— Treinar é totalmente diferente de brincar. — explico pela milésima vez para Geto. Não é como se eu gostasse de dar um de professor e passar tempo com as crianças do condomínio, apesar de que Itadori, Nobara e... — Megumi! O filho dele é o megumi?

— Isso era óbvio, Gojo, são idênticos. — Ieiri diz.

— Sou péssimo para lembrar o rosto de homens.

Dou de ombros.

— E mulheres também, seu canalha.

— Não tenho culpa se sofro de perda de memória recente.

— Você sofre de perder de memória de foda recente.

Rio.

— Sério, se eu não fosse amiga de vocês eu jogaria essa bebida na cara dos dois. — Ieiri comentar enquanto olhar o celular pela vigésima vez essa noite.

Ok, isso estava me deixando curioso.

— Namorado novo? — pergunto quando ela volta a guardar o celular.

— Não, apenas mandando mensagem para Utahime.

— Ela está bem? — Geto pergunta, e curiosamente parecia realmente preocupado com o bem estar de Utahime. Franzo a testa.

— Tivemos um susto hoje, mas agora está tudo bem, Nanami redobrou os cuidados para ela. — vendo a preocupação no rosto de Ieiri, pergunto:

— Utahime tá doente?

— Bem, ela tá grávida.

— E desde quando gravidez é doença?

— Desde quando a dela é de risco.

Ah.

Por essa eu não estava esperando, no casamento ela parecia bem, ela me ignorou na maior parte do tempo e só falou comigo quando pediu, na verdade exigiu, que eu saísse de seu lugar na mesa em que nossos amigos estavam.

— Não sabia.

— E continue agindo como se não soubesse, ela odeia quando tratam ela como uma boneca que a qualquer momento pode quebrar.

— Por isso você se mudou para casa dela?

— Sim e não, eu... — Ieiri parece pensar se deve ou não desabafar com a gente, e sua decisão pelo visto foi que não, pois pedi para mudarmos de assunto e é isso que eu e Geto fazemos.

Mas a sensação de que estou por fora de alguma coisa não me agrada muito.

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