Então eu conheci você

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Park Jimin

Cheguei em casa por volta das seis da tarde quando eu saí do hospital, a Mary me trouxe no horário de descanso dela. Meus pais ficaram putos comigo pela forma que eu falei com eles, tô nem aí, isso é pra eles aprenderem a me respeitar também.

Do que adianta eu dar o devido respeito e eles não me respeitarem de volta ?

Bom, agora são nove da manhã do outro dia e eu tenho que ir trabalhar, acordei às sete e fiz tudo que era preciso. Inclusive eu pintei um quadro hoje de madrugada quando eu fiquei sem sono e escrevi uma poesia. Se tem uma coisa que eu gosto muito é escrever...

Se eu pudesse seria um escritor, mas essa profissão não é muito valorizada no Brasil,né?!

Peguei meu carro e fui em direção ao museu, meu trabalho como recepcionista é de boa, eu recebo as pessoas, gero os boletos das pinturas, atendo ligações e as vezes até limpo algumas coisas. Sou pego de surpresa quando meu querido e belo amigo paulistano vulgo Jung Hoseok, vulgo Rafael, vulgo Julius chega no museu como se fosse um retardado ambulante.

— Fala, Park, suave?— trocamos um high five.

— Oi, Julius, a que devo a honra da sua visita?

— Sabe, mochi, eu fiquei sabendo o que aconteceu com você e seus pais no hospital, só que na hora que você passou mal eu entrei em desespero e acabei desmaiando também e precisei ser amparado, então nem consegui ver você. A sorte é que a Mary tava lá, né? Se não eu morria do coração.

— MENTIRA, HOBI! - Começo a desmanchar de tanto rir, o J-hope costuma ser meio dramático e eu até estranhei que ele não foi me ver no hospital, mas não imaginei que foi porque ele desmaiou também.

— É sério, parça, por que você tá rindo de mim? — Ele me encara com a sobrancelha levantada e uma cara estranha.

Eu ri de novo.

— Fala sério, Hobi, não acredito que você desmaiou só por me ver desmaiando!

— Sacomé, né? O pai é empático. — Hobi bate no peito, como se se orgulhasse.

E realmente é digno de orgulho.

Sou apaixonado pela minha amizade com o Hoseok.

— Mas por que você tá aqui? Geralmente você não vem me ver no trabalho. — Pergunto enquanto guardo alguns papéis de boletos, sentando na minha cadeira em seguida.

— Então, Ji, eu vim comprar um quadro e eu quero que você escolha. — Ele coloca as mãos sob a mesa e me encara.

Ele tinha um sorrisinho no rosto.

— Um quadro? Pra quem?

— Noé...

— Quem é Noé?

— Noé da sua conta! — aquele filho da mãe.

Que merda, eu sempre caio nessas brincadeiras.

Eu sempre caio em tudo, preciso melhorar minha atenção, sou muito avoado.

— Vai se foder, seu babaca! — nós caímos na gargalhada e eu finalmente fui mostrar os quadros pra ele.

Era uma vez um artista | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora