Jimin
Hoje é dia vinte e três de dezembro, véspera da véspera de Natal, e todo mundo está ansioso demais. Eu quase nem dormi direito a noite.
VAMOS VIAJAR, TODO MUNDO!!! EU MAL POSSO ESPERAR.
Tá, Jimin! Se acalma, é só uma viagem, não precisa quase morrer de ansiedade.
Nós estamos indo pro litoral (que a gente está cansado de ver). Mas dessa vez, vamos ficar em chalés, iguais aos filmes, e todo mundo tá animado pra isso.
Animado mesmo, de quase todas as nossas conversas serem somente sobre a viagem.
Vai quase todo mundo, infelizmente, já que eu queria todos os meus amigos reunidos. Vamos eu e o Jungkook, o Tae e o Guinho, o Namjoon e o Jin e o Hoseok e a Sunhye.
A Mary não vai ir, ela foi pra São Paulo passar as festas com a família. Todo mundo chorou porque ela vai ficar um mês fora, mas tudo bem, o importante é que ela vai voltar pra nós. A avó do Jungkook também não vai, ela disse que preferia ir no churrasco da dona Terezinha pra encher a cara e fofocar. Os meninos ficaram meio chateados, mas entenderam que ela precisa fazer o que quer, afinal, a vida é dela.
Minha mãe e meus irmãos viajaram pro Sul, e meu pai foi pra Coréia, que triste, tô soltando rojão...
Depois que a minha mãe pediu o divórcio e brigou com ele após toda aquela confusão desnecessária, ele me mandou um monte de mensagens dizendo o quanto sentia desgosto de mim e que eu era a ,ovelha negra” da família. Eu odeio esse termo, odeio mesmo. Porém, eu pouco me importei, sinceramente, estou feliz demais com meus amigos e meu Jungkook, a gente não tem um relacionamento definido ainda, mas que é sério, é!
Eu gosto tanto dele, tanto, tanto…
Agora eu tô aqui no apê dele, com ele agarrado na minha cintura enquanto a gente tá deitado. Eu juro por Deus que estar ao lado dele me provoca as melhores sensações que eu já tive o prazer de experimentar.
E esse meliante está deixando beijinhos pelo meu rosto e pescoço, me fazendo gargalhar devido as cosquinhas.
— Meu lindo, a gente tem que levantar…— Resmungo, sentindo mais de seus beijos pelo meu torso descoberto.
Eu estou sem camisa devido ao calor, me sinto tão confortável na presença de Jungkook que parece que eu tô de roupa.
Ele é incrível.
— Se você ficar me chamando de meu lindo, aí que a gente não levanta, né, meu mel! — Ele diz, beijando minha barriga e me tirando um sorriso enorme.
Esse “meu mel” é tão brega, mas ao mesmo tempo é tão lindo, tão especial.
Ninguém nunca havia me chamado assim antes.
— Por mim a gente ficava aqui agarrado, Jung, mas a gente tem que fazer as malas, ir no supermercado, passar na minha casa pra pegar meus remédios e suplementos, roupa, a minha câmera e- — Jungkook me cala, deixando um beijinho em meus lábios, me deixando meio desnorteado.
Me aproximo mais e toco sua boca com a minha, e nossos lábios se entregam em um beijo leve, mas cheio de significado. É como colocar a última pincelada em uma tela, a sensação de completar algo belo e precioso. Seus lábios são macios e quentes, e o sabor de seu beijo me enche de um sentimento profundo de pertença.
Minhas mãos exploram seu corpo com delicadeza, como se estivessem traçando palavras em uma nova frase, e porra, o Jungkook é insano. Sinto cada curva, cada contorno, memorando cada detalhe. É um toque artístico, reverente, como se estivesse trabalhando com a mais fina das esculturas…
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Era uma vez um artista | Jikook
Fanfiction⚠️NÃO É SAD FIC!⚠️ (Em revisão) No calor das praias do Rio de Janeiro, Jimin, um estudante de artes plásticas e aspirante a poeta, enfrenta a Fibrose Cística, uma doença hereditária e de certa forma, incurável, com determinação e paixão pela arte. J...