A arte é consolar aqueles que são quebrados pela vida. (Van Gogh)

1.5K 201 518
                                    

Pessoal, aproveitem esse capítulo e me encham de amor, por favor! :(( Eu me esforcei muito nele, então comentem e votem bastante.

Acho que vocês não vão querer me matar dessa vez…

🎨🌊

Quando você se sente tão cansado, mas não consegue dormir
Preso ao contrário
E as lágrimas escorrem pelo seu rosto
Quando você perde algo que não pode substituir
Quando você ama alguém, mas isso é desperdiçado
Poderia ser pior?
(Fix you - Coldplay)

🎨🌊

2 anos e um mês…

Dois anos e um mês. Esse era o tempo exato que Jimin estava em coma. Sete estações se passaram desde que ele fechou os olhos pela última vez. Durante esse período, o hospital parecia ter se tornado um segundo lar para aqueles que amavam Jimin, um lugar onde o tempo passava de forma estranha, quase surreal.

A primavera veio duas vezes, trazendo consigo o perfume das flores que nunca mais haviam sido apreciadas por Jimin. Os jardins do hospital floresciam, e o canto dos pássaros ecoava pelos corredores, mas nada disso parecia alcançar os ouvidos de quem ansiava pelo despertar dele. As flores desabrochavam, morriam, e desabrochavam novamente, em um ciclo que parecia zombar da imobilidade do rapaz adormecido.

Dois verões abrasadores se seguiram, com seus dias longos e quentes. O sol entrava pelas janelas e iluminava o quarto de Jimin, desenhando sombras suaves no chão. Mas ele não estava ali para sentir o calor acariciando sua pele, para rir nas tardes ensolaradas ou para se perder na leveza de um dia de praia. Os dias passavam, os relógios giravam, mas o tempo parecia congelado naquele quarto de hospital.

Quando o outono chegou, duas vezes as folhas caíram das árvores, formando um tapete dourado que cobria as calçadas e as estradas. O ar se tornava mais frio, e o vento carregava o aroma das folhas secas. A cada queda de folha, seus amigos e familiares sentiam o peso da saudade e do desespero, como se cada folha que tocava o chão fosse mais um dia perdido sem ele. E, ainda assim, o tempo continuava a correr, impiedoso, indiferente à dor dos que esperavam.

Os invernos trouxeram consigo o frio cortante, cobertores adicionais e a quietude das noites longas. A neve caiu duas vezes, cobrindo o mundo lá fora de branco, enquanto o mundo interior de Jimin permanecia escuro e silencioso. No entanto, a esperança persistia, uma chama tênue que se recusava a ser apagada, alimentada por cada batida de seu coração.

O tempo voava para aqueles que viviam, mas para Jimin, ele parecia ter parado. Dois anos e um mês, uma eternidade contida em segundos, minutos e horas que se acumulavam, sem sentido, enquanto a vida seguia seu curso. E, mesmo assim, o mundo continuava a girar, como se nada tivesse mudado. Mas para aqueles que amavam Jimin, tudo estava diferente, pois suas estações tinham perdido a cor, o brilho e a alegria. E assim, continuavam a esperar, contando os dias que passavam, ansiando pela primavera em que Park finalmente acordaria para ver as flores desabrocharem novamente.

Jungkook se encontrava em uma aula prática da faculdade, estava cansado, exausto. Ele não tinha dormido na noite passada resolvendo alguns trâmites com o livro que subia nas plataformas cada vez mais, estava muito famoso e procurado.

E ele também estava sofrendo com insônia devido à agonia de continuar sem seu Galego.

Mas estava bem, acima do possível, e muito feliz com o crescimento do objeto de leitura. O livro provavelmente ressoou com muitas pessoas por transmitir uma mensagem poderosa sobre amor e criatividade.

Era uma vez um artista | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora