De Fernando Sabino para Clarisse Lispector.

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Meus gostosos, a partir desse capítulo a história vai ser narrada em terceira pessoa, achei melhor assim pra vocês poderem entender os sentimentos dos demais personagens. Se caso eu voltar a escrever em primeira pessoa, vou deixar avisado antes do capítulo começar.
Aproveitem a leitura e mais uma vez, não me matem.

Comentem e votem, por favor! Não se esqueçam 👄

🌊🎨

Não sinto tua falta
Não sinto falta do teu cheiro
De perfume importado que exportou de mim

Não sinto falta do teu ''r'' puxado
Nem do teu beijo, gosto de dente que morde coração envenenado
Não sinto tua falta, não sinto

Nem lembro de você
Nem da tua respiração ofegante
Eu não sinto falta, sinto ânsia
Distância

Do teu signo preto
Do teu silêncio grito
Sinto ânsia e a provoco
Enfio os meus dez dedos na garganta
Pra ver se vomito o teu ser
Da minha alma
(Barquinho de papel - Anavitória)

🌊🎨

12 horas e 52 profissionais dentro da sala de cirurgia. Desde médicos cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, assistentes e auxiliares.

Fazem doze horas que Mariana Dominguéz e Caio Menezes, juntos de uma grande equipe, tentam salvar a vida de Jimin.

Depois do trágico término entre Jungkook e Park, o loiro passou por um curto período de estresse. Não estava nos planos de Jimin e muito menos dos médicos que ele passasse mal e tivesse outra hemorragia interna.

E também não estava nos planos ele receber pulmões tão inesperadamente.

Mas se tinha algo que, definitivamente, estava nos planos de Park Bernardo, era o término com Jungkook.

Ele estava tão desesperado e apreensivo, que não pensou duas vezes em desistir do amor da sua vida apenas para ter a certeza que de alguma forma, o baiano seria feliz sem ele.

Ele não acreditava que voltaria.

— Doutor, não tem mais o que fazer. — O estagiário da área de pneumologia tentava de todas as formas colocar na cabeça do profissional com mais de vinte e cinco anos de experiência no ramo, que não valia mais à pena lutar pela vida de Jimin.

Mary e Caio já estavam se irritando.

— Fique em silêncio, quem dita as regras dentro dessa sala sou eu!! E eu já disse que não desisto dos meus pacientes. — Dita grosseiramente.

— Às vezes o silêncio já é de grande ajuda. — Murmura Mary.

Não era do feitio dos profissionais serem ignorantes ou mal educados, ainda mais com estagiários que estavam ali apenas para aprender.

Todavia, Caio não era mais um estagiário e não precisava da voz de algum em sua cabeça lhe dizendo o que ele deveria ou não fazer. E Mary quem comandava a cirurgia, ela também não precisava de alguém lhe dizendo o que fazer.

Os pulmões já estavam em seus devidos lugares e a cirurgia, em partes, teve sucesso.

Até que a saturação de Jimin caiu e sua pressão arterial diminuiu drástica e inesperadamente, dando início a uma parada cardiorrespiratória.

Era uma vez um artista | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora