Jimin
Conheci um carinha na praia ontem mas nem deu pra ver a cara dele direito, ele parecia ser bonito e gentil, mas graças a essa merda de doença eu tive que ir embora correndo porque comecei a passar mal, gostei do jeito que ele me tratou e ainda me chamou de GALEGO.
Confesso que achei engraçado, foi um apelido meio inusitado que ninguém nunca havia me chamado, me senti especial.
Nesse exato momento, tô me arrumando pra sair, a Mary convidou a gente pra ir pra um restaurante, ela disse que quer nos apresentar o novo peguete dela. A coitada nunca namorou com ninguém porque segundo ela, a querida é assexual e odeia homens. Até parece! Ela só nunca deu certo com ninguém mesmo.
Ouço meu telefone tocar e quando olho é o Jin.
— Jimin, seu filhote de pombo escaralhado, cadê você? Tá todo mundo te esperando seu chupa cú! — Ele grita, me fazendo afastar o celular da orelha.
Jin precisa ser mais educado, menino besta.
— Jinn, meu camarada, não sei se você se lembra, mas o seu querido amigo tem uma caralha de doença que às vezes faz ele passar mal, sabia? — Sorrio, como um demônio planejando sua próxima presepada.
Amo presepar com os meninos.
— O QUÊ? VOCÊ TÁ PASSANDO MAL? PORQUE NÃO ME DISSE ANTES? EU TÔ INDO PRA AI, E- — Esse primata começou a gritar igual um louco.
Ele é louco, muito louco.
— Para de gritar no meu ouvido, seu velho. — gargalho. — Não, eu não tô passando mal - dou uma leve risadinha - Era pra te zuar, eu tô dentro do carro a caminho e se eu ficar falando com você vou me atrasar mais ainda porque eu tive que estacionar pra te atender!
Confia.
— Não faz isso, seu viadinho de merda! Quase tive um treco e todo mundo ficou preocupado. — Ele estala a língua, dando uma leve risadinha por trás da linha. — Tá bom, então, chega logo!
Desligo meu celular e dou partida no carro, não tava a caminho nada, tava terminando de calçar o tênis, mas ele não precisa saber disso.
Cheguei lá no restaurante que fica um pouco afastado da praia de Ipanema e Copacabana, é bem bonito e arrumadinho. Tinha plantinhas na porta, janelas de vidro e parecia ser bem aconchegante.
Assim que eu bato os olhos na porta de vidro transparente, já avisto a Mary de mãos dadas com um cara aparentemente bonito. Corpo malhado, mas não muito forte, cabelos loiros meio escuro e lisos, um pouco maiores que o meu, tatuado, com piercing na boca exatamente no mesmo lugar que eu tenho, roupas bem...digamos....hippie?
É, mais ou menos, ele tem vibe de surfista maconheiro, eles tavam conversando com o resto do pessoal.
Seguinte, vou deixar bem claro, anotadinho…
Se ele magoar minha Mary eu quebro ele na porrada.
Eu não tô brincando.
— Ei, Jijico, estamos aqui! — Ela me chama e ele olha pra mim com uma cara meio esquisita, será que foi pelo apelido que a Mary me chamou? Enfim, dou um sorriso e um tchauzinho caminhando até a mesa que eles estavam.
Que vergonha caminhar até lá, provavelmente eu tô com cara de tacho enquanto todo mundo fica olhando pra minha cara.
Vamos normalizar abaixar a cabeça enquanto a pessoa caminha até você, por favor!
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Era uma vez um artista | Jikook
Fanfiction⚠️NÃO É SAD FIC!⚠️ (Em revisão) No calor das praias do Rio de Janeiro, Jimin, um estudante de artes plásticas e aspirante a poeta, enfrenta a Fibrose Cística, uma doença hereditária e de certa forma, incurável, com determinação e paixão pela arte. J...