27. te amo, vovô.

1.4K 92 102
                                        

A jogou na cama e deitou por cima. Ele beijava a boca dela com intensidade quando ouviram batidas fracas na porta.
Stenio afastou a boca dela, levantando a cabeça. Apoiava as mãos no colchão da cama, prestando atenção.

Outras batidas.

- Oi?! - Ele falou em voz alta, esperando por uma resposta.

- Oh vovô.. Eu.. Sonhei com o Randall e assustei.. - A vozinha atrás da porta era chorosa, e soluçava.

Stenio olhou para Heloísa em questão de segundos.
Se levantou, achou o robe dela e jogou por cima de seu corpo, antes de ir até a porta. Helô foi rápida em se vestir.

Stenio destrancou a porta e o pequeno logo veio na direção dele com os braços erguidos, buscando colo. Ele pegou Felipe no colo, e o menino abraçou o avô buscando por conforto.

- Ei, carinha. O que foi? - A voz dele era doce, terna.

Helô tinha certeza que o neto já estava bem mais tranquilo só de ver Stenio, mas agora bem mais por estar ganhando toda sua atenção e carinho. Felipe estava extremamente carente.

- Acordei e assustei com.. - Ele saiu falando um bando de coisas embaralhadas.

Stenio olhava para ele prestando atenção em tudo que ele queria dizer.

- Hmm.. A gente não deve assistir monstros S.A antes de ir pra cama, então. Anotei essa pro futuro. E se a gente for tomar um achocolatado juntos? Até você se acalmar. - Ele tentou vir com um plano de ação para o menino se distrair.

Os olhinhos cheios de lágrima se acenderam, e ele abriu um sorriso em meio as lágrimas.

- Da boa noite pra vovó, que agora é hora dos garotos. Vamos tomar um chocolate quente e ir pra cama! - Ele avisou, apontando Helô que estava de robe e debaixo dos lençóis.

- Tchau, vovó. - O pequeno de cinco anos acenou, se despedindo.

- Boa noite, amor. Me devolve logo o vovô, viu? Preciso dele pra conseguir dormir.

- Tá bem! - Ele disse, decidido.

Heloísa e Stenio trocaram um olhar de confidência. Ele sussurrou as palavras "já volto" se justificando, e ela sentiu seu coração transbordar. Ele havia escolhido cuidar do pequeno sem hesitar, e isso era a coisa mais linda que ela poderia querer.

Levantou, pegou uma garrafa de água no frigobar e se acalmou. A mudança brusca de cenário não mudava o fato de que seu coração ainda estava acelerado, e a calcinha encharcada. Adorava o fato dele ter ido socorrer o neto, mas.. Queria que ele voltasse para a cama o mais rápido possível.

Stenio levou o pequeno para a cozinha e o deixou na bancada. Serviu o leite de amêndoas na caneca de preferência do neto, misturou com o achocolatado e colocou os mini-marshmellows por cima. Esperou enquanto o pequeno bebia, enquanto conversavam.

- Os monstros não existem, entendeu? Porque se existissem, o vovô ia brigar com eles se eles te assustassem.

Os grandes olhinhos castanhos estavam fixos no avô. A boca toda suja de chocolate. Stenio pegou o guardanapo, e limpou a boca do garoto.

- O vovô ia dar um murrão nele assim: pow! - O menino bateu com o punho esquerdo na mão direita.

- Isso. E tem mais! Você não viu o filme até o fim? Agora eles não coletam mais energia com sustos, é com risada! Se sair um monstro do seu armário, ele só vai te contar uma piada pra coletar energia pra cidade dele. Legal, né? Você tá ajudando o Mike e o Sully a terem energia!

O pequeno respirou aliviado.

- Verdade.. Tinha esquecido, vô. - O pequeno apoiou a mão na própria testa, indignado. - To parecendo você, esquecendo as coisas!

Stenio gargalhou. Merda, se sentia um idoso.

- Vai.. Termina esse chocolate logo. A Helô tem que dormir, e ela não consegue se eu não for deitar com ela abraçadinho! - Ele tentava disfarçar a ansiedade em voltar pro quarto.

- Ah é, a vovó! - O menino se lembrou, virando a bebida de uma vez. Pulou do balcão, e pegou a mão do avô. Foram pro quarto do pequeno juntos, onde Stenio o ajudou a escovar os dentes e deitar.

Se deitou na pequena caminha com o menino, que agora tinha a cabeça deitada em seu peitoral.

- Tiamu, vovô. - Murmurou o menino, sonolento, enquanto ganhava cafuné.

- Te amo, pequeno. - Stenio sussurrou, sentindo o coração aquecido por tanto afeto e carinho do mais novo. Se sentia incrível por ser o herói dele.

- Vô.. Mas você nem lembra de mim mais. - Murmurou, comendo algumas sílabas. Estava quase adormecido.

Stenio riu leve, beijando a cabeça do menino.

- Pra você ver o tamanho do meu amor por vocês. - Se explicou. - Mesmo tendo esquecido, vocês ainda assim fazem meu coração bater mais forte.

Stenio assistiu enquanto o pequenininho caía no sono. Precisava sair dali, mas não sabia como. Tinha medo de desvencilhar o corpo, e acabar acordando ele. Conseguiu, depois de muito tempo, sair delicadamente dali. Encostou a porta, deixando uma fresta aberta, dessa forma a luz entrava ali.

Olhou para o final do corredor, e respirou fundo imaginando se juntar a Helô logo. Voltou para a cozinha e organizou a bagunça que havia deixado ali. Colocou a caneca do neto na pia, e guardou os ingredientes que haviam ficado abertos e espalhados pelo balcão.

Sentiu mãos delicadas por seus ombros, chegando por trás. Se virou instintivamente para ela, atacando sua boca com fervor, não aguentando mais de vontade. Desceu as mãos pela cintura de Heloísa, pegando pelas coxas, colocando a mulher em cima da bancada.

- Aqui não. - Murmurou, ofegante, lutando para fugir dos lábios dele.

Stenio ignorou e afastou as pernas dela. Notou que por baixo do robe ela já não vestia mais a lingerie, e se deliciou com o pensamento de que ela já tinha tirado tudo para facilitar o trabalho dele.

Estava sério, decidido, focado. Não escutava nenhuma palavra vinda de Heloísa. Estava hipnotizado, e, pelo que ela podia ver, não esperaria nem mais um segundo.

Beijava a boca dela quase que desesperadamente. O beijo era intenso, delicioso.
Ele desceu a mão direita para o meio da perna dela acariciando o clítoris. Esfregou os dedos por toda e extensão dela, enfiando-os ali. A masturbou com agressividade, força.

Heloísa soltou um gemido baixo, e logo sentiu a mão esquerda dele por cima de sua boca. Sua mão era enorme, e eles se olhavam nos olhos, como se enxergassem além do olhar do outro.
Ela respirava ofegante, sentindo a dedada intensa e profunda. Estava sentindo dor com os dedos, e muito, mas muito prazer.

Se segurou no braço dele, tentando achar equilíbrio. Gemia abafado, na palma da mão do marido.
Contraía as pernas, tentando controlar o prazer que sentia por ter seu ponto g tão diretamente estimulado.

Gozou e se desmanchou na mão de Stenio, sem conseguir se controlar. Tentou fechar as pernas para ele. O advogado assistiu enquanto a esposa revirava os olhos e os fechava, tendo espasmos em cima do balcão da cozinha.

- Levanta agora. Eu nem comecei. - Ele prometeu, a fazendo ficar de pé.

Tomou a mulher pela mão, enquanto Heloísa não sabia nem se conseguiria andar na direção correta. Suas pernas estavam falhas, as partes internas da coxa com seu líquido escorrendo.

Seria uma longa noite.

deja vu Onde histórias criam vida. Descubra agora