MY GINGER | Harry Styles

13. Nos entregamos

Harry Styles

A RESPIRAÇÃO ENTRECORTADA, NOSSOS CORPOS próximos, seu perfume, me fazia esquecer de tudo. E tudo que eu via, sentia e pensava era ela.

Seu beijo era gostoso, o aprofundei ao corresponder à urgência da sua língua, estava duro com o seu gosto na minha boca, o arrepio trilhava um caminho das minhas pernas até a nuca. Calor, falta de ar, taquicardia. Era uma mistura deliciosa de tesão e pressão. Me fazendo esquecer de tudo.

Nossos lábios se movendo juntos foi uma sensação melhor do que eu tinha planejado com as drogas. Havia tanta ânsia, desejo e paixão represados que eu pensei que fôssemos explodir em chamas. Eu não conseguia o suficiente dela. Minha mão foi para a sua nuca e a puxou mais para perto de mim. Minha outra mão acariciou a curva na base das suas costas.

Eu gemi, precisando de mais. Minha mão percorreu sua garganta e meus lábios seguiram o mesmo caminho. Sua pele era doce. Deliciosa. Emitindo um gemido que atravessou meu corpo, Ginger deixou cair a cabeça para trás e fechou os olhos com força.

Por Deus, eu estava fraquejando. Queria tudo dela como o maldito viciado que eu era.

Sua respiração estava tão pesada quanto a minha; estávamos quase ofegantes. Desesperados. Corri o nariz pela garganta dela até a sua orelha e lambi bem de leve a pele sob o lóbulo. Ginger se contorceu, se afastou e me encarou. A água caia pelo seu rosto. Queria lambe-la, voltar a me perder no beijo.

Eu quase fui esmagado pela emoção que vislumbrei em seu rosto, e também pela confusão que estava sentindo. Eu nunca tinha experimentado nada assim. Aquilo foi além de toda expectativa e de toda a razão.

Olhando um para o outro, continuamos com a respiração descompassada. E no silêncio, ela falou.

— Harry... — Foi pouco mais que um murmúrio. Meu coração acelerou. Foi então que eu me senti mais leve que o ar. Ela trouxe os lábios tão perto dos meus que eu pude sentir sua respiração no meu rosto.

— Ginger — minha voz falhou ao implorar por mais — Eu preciso de você. Deixe-me ir até o final com isso. — Desesperado, acrescentei: — Diz que quer isso também... Por favor...

Ela estremeceu. O que íamos sentir agora ia ser mais poderoso do que qualquer coisa que tivéssemos experimentado antes. Eu tinha certeza disso. Precisava que aquilo acontecesse naquele momento, antes que eu entrasse em combustão espontânea.

Ela interrompeu minha súplica ao roçar seus lábios nos meus. Precisando de seu calor, de sua suavidade e sentindo a urgência de prová-la novamente, eu procurei seu beijo. Ela enredou os dedos em meu cabelo, mantendo-nos colados um no outro.

— Por favor, Harry... — ela sussurrou.

— Você quer que eu pare ou continue?

— Você já sabe o que quero.

— Então fale — sussurrei, o som se perdendo em sua pele. Ela gemeu e me puxou com ímpeto.

— Eu quero que você continue. — Puta merda. Um gemido profundo me escapou dos lábios e eu suguei o ar com força. Senti minha cabeça girar como se eu estivesse bêbado, tonto. Aquela boca ainda ia me matar.

— Quer isso? Então pega uma camisinha e volta aqui. — ordenei.

— Você gosta de mandar, não é?

— Sim. Pega a camisinha, Ginger. — Empurrei a porta do boxe para o lado, o abrindo. — Ou vou te comer sem ela.

Ela voltou com o preservativo já aberto, e nos trancou no banheiro. Ao se aproximar para me dar a camisinha, a puxei para dentro.