23. Rota de colisão

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Harry Styles

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Harry Styles

AS COMEMORAÇÕES PÓS SHOWS PODEM SER UM OÁSIS DE CALMARIA ou uma tempestade pulsante de energia frenética.

Quando você é famoso, aprende rapidamente que é decisão sua como a noite será. Você quer privacidade? Você tem. Você quer um grupo de mulheres dispostas a cavalgar no seu pau e gemer seu nome? Tem também.

Essa noite é privacidade. Mitch, Charlie e eu esperamos em uma sala com vista para um bar lotado e um palco vazio. Mesmo que o clube tenha uma sala vip, não é pretensioso. Novos artistas promissores se apresentam todas as noites e a plateia adora dançar apenas pela diversão, não para serem vistos. Essas eram as delícias de um bar no Brooklyn.

Engoli o líquido âmbar do copo. O álcool queimou na garganta e aterrissou como fogo no estômago. Gasolina jogada em um poço de fogo. Engolindo com força, fechei os olhos, meu peito apertado e os pensamentos confusos.

Em que diabos eu estava pensando? Estar com Ginger depois do que ela havia me falado tinha sido um desastre do caralho. Tinha provado o quanto eu não resistia a nada. Um pária. Idiota. Um prisioneiro condenado observando todas as coisas que nunca poderia ter por trás das grades de sua cela.

Ela não me impediu de sair. Ela não se importou o suficiente comigo. Talvez eu tenha esperado que depois de hoje no camarim ela me dissesse que tudo era um erro, que estava apenas dizendo o que achava que eu queria ouvir, que ela precisava de mim. Mas ela me deixou sair.

Eu sentia o nó crescer. No estômago. Na garganta. O coração batendo com tanta força que coloquei uma mão no peito. Parecia que eu estava me afogando. Me afogando nela. Ginger continuava em todos os cantos da minha mente, até aqui, onde tentava me perder na multidão de estranhos e música.

Quase não conseguia suportar o jeito que ela me fazia sentir. Que ela me fazia sentir qualquer coisa.

O problema é que, não sei, não consigo tirar essa maldita sensação do peito, esta pressão... e parece que vou sufocar. Porque eu só conseguia pensar nela, no cheiro bom que ela tem, no seu gosto, no corpo dela colado ao meu, pensava que eu precisava de muito mais e que eu não queria soltá-la nunca mais. Pensava em impossíveis.

— Aqui está. — A garçonete deslizou outra garrafa de whiskey para nós.

— Obrigado.

— Posso te trazer mais alguma coisa? — Ela enrolou, me encarando. Sem dúvida, a garota era linda, mas não estava me causando nenhuma reação.

— Estou bem. — Ela hesitou.

— Você me parece familiar.

MY GINGER | Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora