Bom, meu nome é Lunna. Obviamente você já sabe disso, hum?
Ok vamos lá, tenho 22 anos e vivo em Veneza desde meus 19 anos, não faz tanto tempo eu sei. Mas pelo rumo que minha vida tomou, as reviravoltas que aconteceu e o que eu comecei a fazer para poder me manter e pagar meus estudos, uffa me parece muito, muito tempo mesmo.Eu nunca me dei bem com meu pai, eu tinha 13 anos quando minha mãe faleceu e desde então eu morei com meu pai e com a nova esposa dele a Ana, ela não é uma pessoa ruim e também não é boa, seila a existência dela não faz diferença na minha vida.
Quando completei 17 anos decidi sair de casa, eu e uma amiga, decidindo morar juntas em SP, e assim trabalhar e começar uma faculdade é claro.
Eu sempre quis ser psicóloga, sempre fui apaixonada pela mente do ser humano, e trabalhar ajudando, amparando e cuidando do psicológico das pessoas seria muito gratificante.Más como nem tudo é como a gente planeja.... eu consegui um emprego de garçonete num restaurante Italiano.
Onde trabalhei por 6 meses, e conheci várias e várias pessoas, de todas as classes sociais, de todos os estilos imagináveis. Era tudo incrível, como pode existir tanta variação de estilos e personalidades, né?
Agora me pego lembrando e pensando em que momento da minha vida eu decidi que vir morar em Veneza seria uma boa ideia, no por que de ter aceitado a loucura da Nath, minha amiga. Ela sempre foi dessas pessoas que sonham em comprar um trailer e viajar o mundo, vivendo da própria arte (detalhe ela não faz arte nenhuma) me pego rindo sozinha por ter sido tão louca e ao mesmo tempo tão corajosa.
Eu gosto daqui, o clima é maravilhoso a culinária é impecável. As pessoas são gentis, pelo menos a maioria delas.
E hoje em dia enquanto eu estudo na Ca' Foscari, eu trabalho como acompanhante de luxo. É isso mesmo, não me julguem eu realmente tinha escolha, e optei por isso. Sou fisicamente satisfeita com meu trabalho. Claro que não posso dizer o mesmo sobre estar psicologicamente satisfeita.
Normalmente os clientes são bons, muitas das vezes não querem nada além de conversar, ter uma boa companhia, desabafar, dançar e até mesmo só para beber uma bebida caríssima.
Mas como nem tudo são flores, existem aqueles clientes que acham que por que estão pagando somos objetos sexuais.
Aff, eu os detesto!Por isso sempre deixei bem claro no meu contrato que eu só teria alguma relação sexual se eu quisesse, caso contrário como o nome do meu trabalho já diz, seria somente uma ACOMPANHANTE.
Hoje eu vou sair com Carlos, um homem de 56 anos bem conservado, inteligente, tem um ótimo papo, gentil e muito reservado.
Nós saímos a alguns meses, e certa noite eu estava um pouco alta por conta do vinho e estava carente também, e acabou que eu quis transar com ele.
Desde então nos encontramos algumas vezes no mês, claro que sei que ele é casado, mesmo ele não usando aliança quando está comigo, dá pra ver a enorme marca da aliança no anelar de sua mão esquerda.
E sim, eu me sinto mal por estar "enganando" outra mulher, mas não é minha culpa é meu trabalho e convenhamos não sou eu quem sou casada.Enquanto não chega a noite estou bem tranquila lendo algo que a professora pediu, no dia anterior. E como sempre acompanhada do meu bom e velho amigo, o vinho.
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Malditos olhos castanhos
FanfictionFoi quando meu olhar cruzou o dela que as coisas começaram a se complicar. Ela era linda, alta, com cabelos amarelos como crisoberilo, olhos castanhos tão profundos, me pareciam que neles haviam segredos, histórias e muitos sentimentos. "Já me perdi...