Malditos olhos castanhos

Prima vista📚

Eleanor chegou na faculdade 30 minutos adiantada, como ela diz... Melhor adiantada do que atrasada.
Chegando ela adentrou e foi direto a sua sala.
Os alunos que se mudavam a cada aula terminada. Cada professor(a) tinha sua sala própria. Isso deixava as coisas mais fáceis para Eleanor, afinal se locomover com a bolsa cheia de coisas e mais livros nos braços era cansativo.

Passaram-se 25 minutos e os alunos começaram a chegar e se acomodar.

Enfim, deu o horário e a cada aluno que adentrava a sala Eleanor olhava com expectativa, afinal seriam seus alunos por um bom tempo, no entanto estava tudo normal. Alunos(as) entravam a comprimentavam e iam se sentar. Quando faltava apenas um minuto para dar início a sua aula, duas alunas apressadas entraram e nem olharam para a mesa da professora.

A professora olhou com curiosidade para as duas, com a respiração ofegante, parecia que elas correram pra chegar até ali, ela sorriu por dentro.
Afinal, as pessoas sempre disseram que ela era uma professora que não tolerava atrasos, ou conversas fiadas, perguntas desnecessárias e coisas do tipo.

Assim que todos se acomodaram ela limpou a garganta e disse:

Olá, boa noite me chamo Eleanor Barcelos e serei sua professora de psicologia comportamental, espero que possamos nos dar bem, como alunos e professora. Bom presumo que já tenham ouvido falar de mim, sou uma pessoa fácil de lidar contanto que não ultrapassam limites seremos bons amigos.

Ela passou os olhos pela turma, alguns com olhares de medo outros com olhares cheio de curiosidade. Mas a aluna afobada que chegou por último tinha uma espécie de curiosidade e deboche no olhar, o que fez com que a professora ficasse alguns segundos com os olhos presos no dela.

Balançou a cabeça pra voltar a atenção nos alunos e disse.

E- Bom, vamos as apresentações, sim?
Você começa.

Apontou o dedo pra um garoto que estava cochichando...

H- É-hum é meu nome é Higor, tenho 23 anos e moro aqui desde sempre, meninas sou solteiro na pista.
Deu uma piscadela pra alguém que a professora não quis nem prestar atenção.

E-certo, Higor solteiro na pista, obrigado.
Agora você. Ela apontou para a Nath.

Nath levantou com receio de gaguejar.
N- me chamo Nath, tenho 22 anos moro aqui há 3 anos. Moro com a Lunna ela é minha irmãzinha.

Lunna rolou os olhos...e a professora olhou pra ela de relance.

E- ótimo, então quem é Lunna? Pode se apresentar para a turma.

L- Bem, meu nome é Lunna tenho 22 anos moro aqui há 3 anos como a criatura ali disse e moramos juntas.

E assim foi até o último aluno se apresentar...

Assim que o último aluno se sentou a professora deu continuidade a sua aula, conversando e conhecendo melhor seus alunos.

Então um barulho se fez presente, era Lunna que havia levantado e quando foi se sentar acabou tropeçando e indo de encontro ao chão.

A professora levantou depressa e foi ao encontro da garota para assim ajudá-la.
A segurando pelos cotovelos ela então ergueu a menina. Quando a tocou sentiu um choque estranho pelo corpo todo.
Seus olhos foram diretamente aos olhos curiosos da menina, e logo depois para seu pescoço. Eleanor ficou olhando fixamente para a aliança que ali estava presente com os pensamentos embaralhados soltou Lunna, mas voltou seu olhar para os olhos novamente..

Ela conhecia aquela aliança, mas não era possível. Poderia ser outra aliança igual?? Mas seu marido garantiu 25 anos atrás que elas tinha sido feita sob encomenda para só eles ter.

Encarou a menina, e voltou a sua mesa...

                    °••••••••••••••••••••••••°

Lunna

Chegamos quase atrasadas por causa dessa songa monga da Nath.
Entro na sala quase correndo e a professora me olha com curiosidade no olhar, mas logo desvia sua atenção para o restante da sala.

Ela se apresentou e no momento que ela disse que se chamava Eleanor Barcelos eu gelei, não era possível... Carlos Barcelos, Eleanor Barcelos. Pela Deusa não, não, não.. não seja perturbada Lunna eu falava pra mim mesma, claro que existem pessoas com o mesmo sobrenome.

Ela pede que os alunos se apresentam, reviro os olhos, estamos no ensino médio por um acaso??
Assim a Nath é chamada para se apresentar e claro que com a sua boca grande ela disse que morávamos juntos e de quebra que eu era sua irmãzinha, como se não tivéssemos a mesma idade, assim que ela termina a professora pede pra mim se apresentar, assim o faço e o restante da turma também.

Ela seguiu conversando, e eu a olhando fixamente. Não sei por que mas não conseguia tirar os olhos dela. Uma figura imponente um olhar marcante que eu diria que poderia colocar fogo em qualquer um que ousasse a desacatar a sua autoridade.

Com esse pensamento fui até a lixeira só pra poder olhar ela mais de perto hihihi meu diabinho particular rindo e eu completamente atenta a quaisquer movimentos que ela viesse a fazer..
Quando estava voltando para me sentar eu tropecei na bolsa da sonsa Nath e caí feito uma abóbora podre.

Senti uma mão me segurando pelos cotovelos e senti uma corrente atravessando meu corpo, como se fosse um choque, Lunna ergueu o olhar e viu que se tratava de sua professora, o toque quente de suas mãos macias tiraram a garota de órbita, não conseguiu desviar o olhar...mas o olhar da professora saiu dos seus e caíram para seu pescoço, a professora ficou pálida e ali ela soube que era sim a esposa de Carlos, que a mulher com uma beleza inenarrável era a mulher que ela estava traindo durante meses.

A traição nunca triunfa. Qual o motivo?
Porque, se triunfasse, ninguém mais ousaria chamá-la de traição.