Eleanor
Quando Lunna me abraçou eu já não estava mais aguentando guardar toda aquela confusão que havia se instalado em meu peito. Desabei, como a muitos anos não fazia... Chorei de soluçar, quando foi que meu marido começou a me-me... Não consigo nem pensar.
Me sinto acolhida nesses bracinhos tão delicados, escondo meu rosto em seu pescoço e posso sentir o cheiro adocicado de Lunna... Me sinto desolada, frágil, sozinha...mas a sensação de sozinha logo é tomada pela presença de Lunna, acariciando meu braço enquanto sinto ela cheirando minha cabeça, seu toque me faz sentir arrepios e minha respiração fica pesada em seu pescoço...
Não sei o que está acontecendo, mas vi seus pelinhos se arrepiando e ela respirou fundo, decidi que era melhor sair de seu abraço e assim o fiz.. limpei meu rosto. A menina me olhava procurando vestígios de choro e por incrível que pareça o choro tinha cessado, ela deu um sorrisinho e perguntou se eu queria tomar algo, eu disse que sim e agradeci.
E logo ela está me servindo uma taça de vinho.. eu estava mesmo precisando disso.
Lunna
Ela chorou, e chorou eu não sabia o que fazer... Comecei a fazer carinho em seu braço e ela afundou o rosto em meu pescoço, e eu pude sentir sua respiração quente contra minha pele.. me arrepiei. Ok ok galera não foi minha intenção, não controlo as reações do meu corpo, mas não era possível que eu estava sentindo algo além de empatia por Eleanor Barcelos!
Não pude evitar, sentindo seus cabelos sedosos em meu rosto os cheirei. Ela cheira a campo, tão delicada pensou a menina enquanto fechava os olhos para tentar gravar o cheiro da mais velha.
Sinto ela tencionar com esse ato, e prendo minha respiração. Não quero que ela se sinta mal ou qualquer coisa do tipo.
Acho que ela percebeu e assim saiu do meu abraço, senti falta do calor de seu contato, a encarei procurando vestígios do choro que estava ali há minutos atrás, uffa ela tinha parado de chorar.. sorri pra ela e ofereci uma bebida, ela de imediato aceitou. Busquei um vinho e servi uma generosa quantidade logo lhe entregando a taça.
Eleanor deu uma grande golada e fechou os olhos apreciando o gosto da bebida.
Lunna ficou olhando para a mais velha.
Ela estava a admirando? Ela então desceu o olhar pra boca da professora, que estava passando a língua delicadamente nos lábios limpando os vestígios do vinho.Eleanor notou o olhar da menina em seus lábios e automaticamente fez o mesmo, olhando para boca da garota. Lábios carnudos levemente rosados e que pareciam tão macios??
Que pensamento é esse?Ela desviou o olhar, limpando a garganta e bebendo mais...
Falaram sobre coisas triviais, e logo terminaram a garrafa, Lunna se pôs de pé, e perguntou se a professora a acompanhava em mais uma... Eleanor sabia que não aguentava beber muito, mesmo assim aceitou. O que poderia acontecer? Nada.Sendo assim ela aceitou, e logo estavam conversando alegres sobre a importância das filhas de Eleanor, sobre os pais de Lunna.. elas não conversavam sobre suas vidas pessoais com ninguém, mas ali só as duas dentro de uma bolha. Se abriam uma para a outra.
Lunna lembrou do vídeo que mostrou a professora na semana passada e decidiu cutuca-la, sabia que Eleanor ficava envergonhada e devia admitir, ficava linda com as bochechas rubras.
Olhou para a professora enquanto levava a taça até os lábios e perguntou...
L- então, você fez aquilo que te mostrei no vídeo?
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Malditos olhos castanhos
FanfictionFoi quando meu olhar cruzou o dela que as coisas começaram a se complicar. Ela era linda, alta, com cabelos amarelos como crisoberilo, olhos castanhos tão profundos, me pareciam que neles haviam segredos, histórias e muitos sentimentos. "Já me perdi...