Eleanor:

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Pela Deusa ou (por Deus, como vocês preferir) eu estou exausta...
Eu e minha família nos mudamos pra Veneza a mais ou menos um ano. Minha família sou eu meu marido Carlos e nossas duas filhas Louise e Larissa, e acreditem se quiser, até agora não consegui colocar todas as coisas em seus devidos lugares.

Bom, me chamo Eleanor Barcelos tenho 52 anos, sou professora de psicologia comportamental há alguns anos, muitos anos na verdade, morávamos em Zurique na Suiça. Meu marido recebeu uma proposta irrecusável de emprego e então sem eu ao menos poder opinar sobre, viemos (até por que na cabeça dele, só o emprego dele que é importante) essa semana que se inicia vou começar a lecionar na universidade Ca' Foscari.
Tenho que admitir que não estou muito animada.

Mesmo amando meu emprego, não tem como se sentir animada pra nada se meu casamento está simplesmente indo por água abaixo... Não entendo o que acontece com Carlos eu sempre fui uma esposa dedicada, abdiquei por anos minha carreira profissional para que assim ele pudesse ter sucesso na carreira dele.

Depois que nos mudamos pra Veneza ele começou a se comportar de uma maneira mais agressiva, outra noite ele chegou e eu perguntei onde estava...
Não deveria ter perguntado, deveria ter feito como venho fazendo há meses. Não perguntar, não ligar e não me importar.

                  Alerta de gatilho, violência sexual.

                        • Flashback •

E- Carlos que barulho é esse? Você está bêbado?

Ouvi novamente coisas caírem pela sala, ele havia caído por cima da mesa de centro. Fiquei boquiaberta, Carlos sempre bebeu mas nunca foi de ficar caindo por aí.

C-Nao que seja da sua conta Eleanor, mas sim eu bebi! Está satisfeita? Agora me deixe passar que eu quero dormir.

E assim que ele ia passando por mim, ele parou ao meu lado e disse:

C-Pensando bem, o que acha de fazer seu papel de esposa hoje, heim querida?

Falou passando a mão sobre meus seios até chegar ao meu pescoço onde apertou para que eu o encarasse.

E- Ca- Carlos você está me machucando, está alterado e não vou fazer papel nenhum de esposa, já que você não faz o seu de marido!!!

Ele me olhou, passou a língua no meu lóbulo auricular e sorriu me dizendo que me esperava na cama.

Esperei por alguns minutos, tinha certeza que ele cairia na cama logo estaria dormindo.
Me enganei... quando me deitei de costas pra ele, senti sua mão na minha cintura, me apertando.
E logo começou a beijar e lamber a minha nuca, passou a mão nas minhas pernas e logo minha camisola subiu, por conta do movimento.
Assim ele me segurou pelos cabelos, com a outra mão ergueu minha perna e me penetrou, eu estava de lado e de lado permaneci.

C- hmmm, como sempre parece uma boneca, frígida e imóvel, não é amor?

"Se eu sou uma geladeira de tão fria você deve ser um pinguim porque mesmo assim não sai de cima." T.B

Senti um nó na garganta e uma lágrima solitária escorreu pela minha face.

Entrou em mim uma, duas, três, nove vezes então urrou feito um animal primitivo, enquanto entrava com mais força e violência em mim. Senti ele tremer e me soltar, virou pro lado e logo ouvi seu ronco.
Respirei aliviada, me levantei fui tomar um banho para assim tentar dormir.

Acordei com um leve incômodo no corpo, e uma claridade me fazendo então abrir os olhos. Assim que o fiz dei de cada com Carlos me olhando com um olhar de culpa então ele acariciou meu rosto e me deu um selinho rápido. E disse:

C- Bom dia amor. Me desculpa por ontem, hum? Eu estava bêbado não estava no meu estado normal, você me perdoa não é amor?

Não!

E- bom dia, sim você estava bêbado. Está tudo bem.

Levantei e fui ao banheiro tomei um banho e desci pra preparar o café das meninas, já que no dia seguinte eu estaria bem atarefada por conta da faculdade.




Gente, deixando bem claro que que aquilo do pinguim é um poema de Tati Berbardi.
E também quero saber como vocês gostam de ler sobre o diálogo dos personagens.
Que maneira de escrever, se coloca o nome inteiro ou somente a inicial.
Por exemplo:
Eleanor-
Ou
E-
É isso, um cheiro meus doces.❤️

Malditos olhos castanhos Onde histórias criam vida. Descubra agora