𝔼𝕞 𝕄𝕖𝕦 𝕄𝕦𝕟𝕕𝕠 - ℙ𝕥 𝟚: ℙ𝕠𝕣 𝕋𝕠𝕕𝕠𝕤 ℕó𝕤.

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟞: Por Safira.

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"...a música de notas argentinas com seu poder me deixa outra vez são."

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Ulisses está radiante como eu nunca vi na vida. Seu sorriso vai de orelha a orelha e um brilho quase divino está presente em seu olhar.

Noto que ele cortou um pouco a barba, deixando-a baixa, mas ainda no mesmo formato, garantido-lhe jovialidade.

Ele e Aquiles trocam um abraço bem apertado com vários tapinhas sendo deixados mutuamente nas costas um do outro. Parece até que fazem anos que não se viam.

Ao lado de Ulisses, um garoto de cabelos castanhos escuros, branco como leite, me encara. Os olhos bem azuis feito o mar, me encaram sem estremecer ou vacilar ao eu notar que está o fazendo.

Não sou de ficar encarando ninguém, principalmente garotos que não conheço, mas isso até que está... divertido. Parece quase um "desafio", uma "aposta".

Então, ele sorri pra mim, ainda que bem discretamente, mas perceptível. Devolvo o sorriso, esse sendo doce e meigo.

- Aquiles... este é o meu filho, Telêmaco.

O mais velho puxa o garoto de uma maneira bem entusiasmada pelo braço o deixando cara a cara com o loiro, fazendo com que seu sorriso aumente.

- Então, você que é o famoso Telêmaco de quem tanto seu pai fala - meu primo brinca ao apertar a mão do garoto.

- Quem me dera... - ele sorri, tímido.

Somente por essa resposta, sei que ele não é tão astuto quanto o pai, este no lugar dele, teria deixado alguma frase espertinha no ar, ou que nos faria rir. Mas talvez esconda isso, pode ser pela sua timidez excesiva, ou algo do tipo.

Busco por Harry que insiste em deixar aquela sua metade cavalo bizarra em evidência, mas ele sumiu... assim, de repente, e eu nem reparei.

Eles três começam a conversar bastante entusiasmados e parecendo esquecerem de nós aqui em pé, com o sol da tarde quase nos atingindo.

Não duvido que Briseis derreta se passar alguns segundos a mais aqui. E pode até ser que eu dê minha primeira ordem oficial, dizendo que nescecito me recolher e que as empregadas inventem algo.

Rapidamente, parecendo até que lê os meus pensamentos desesperados, Pat passa por nós duas e desce as escadas, indo bem debaixo do sol escaldante para cumprimentar os dois recém-chegados.

Ele e Ulisses trocam um abraço e ambos cochicham algo um para o outro, depois riem quase que num tom inapropriado.

Na vez do rapaz, eles somente trocam um aperto de mão e algumas palavras baixas até demais para eu conseguir ouvir.

De relance, noto o olhar intrigado de Briseis, tanto quanto o meu. Me viro para ela e arqueio uma das sobrancelhas, indagando se ela sabe de algo. Ela apenas balança a cabeça em negação.

- Ah... moças! - Aquiles nos chama do nada, nos dando um belo susto que, graças ao meus cursos de teatro, consegui disfarçar bem.

Sorrio e pego a barra do vestido longo e pomposo para descer os degraus, porém, Ulisses faz um gesto com as mãos indicando para eu parar.

- Nem pensem em vir nesse sol, meninas.

Agradeço mentalmente por, pelo o menos Ulisses, ter um pouco mais de cabeça que os outros.