Capítulo 30

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- Demi - estremeci ao escutar sua voz rouca, senti sua mão encostar em meu ombro e tudo que eu estava evitando, aconteceu. Meus sentimentos bagunçados e confusos começaram a se manifestar.

- O que você quer ? - Falei fria, sem olhar para trás, continuei meu caminho.

- Quero saber o que está havendo com você.- Puxou meu braço, me obrigando a olhar em seus olhos verdes - Depois que tivemos aquela briga, você passou a me ignorar.

- Deixa de ser falso, você nem me procurou - Cospi as palavras - Vai para sua namoradinha, e me deixa - Falei cabisbaixa, soltei um suspiro e puxei meu braço.

- Para com isso - Olhou em meus olhos e se aproximou do meu corpo - Preciso falar com você, precisamos conversar. Você não entende...

- É Harry, eu não entendo. Eu não entendo porque você faz isso comigo, se você sabe que está me magoando, porque não me deixa em paz ? Eu não aguento mais sofrer por sua causa - Não consegui segurar as lágrimas, todas aquelas lembranças que eu estava evitando, veio a tona. Ele limpou as minhas lágrimas cuidadosamente e me abraçou.

- Me desculpa, eu não queria que isso acontecesse. - Apertou a minha cintura e encostou a cabeça no meu ombro, eu quero abraça-lo e esquecer toda a dor que me causou, mas não dá, isso me marcou. Me soltei de seus braços e fui para sala sem dizer nem mais uma palavra.

Ao entrar na sala vi as minhas amigas, elas estavam alí, no mesmo lugar de sempre. Sorri e fui correndo para me sentar ao lado delas.

Coloquei meu material na mesa, mas quando fui me sentar senti mãos me empurrar para fora da cadeira. Me levantei de imediato para não cair no chão.

Ajeitei meu cabelo e olhei para pessoa que havia me empurrado, é ela, a Sophie - Que isso ? A baleia ficou revoltada ? - Gritei com deboche.

- Esse lugar já é meu, sai daqui sua estranha - Disse se aproximando de mim e me desafiando.

- A baleia ficou exaltada - Gritei rindo, assim chamando a atenção de todos da sala.

- Ué, Agora a estranha resolveu me enfrentar ?

- Não tenho medo de ser atacada por baleias - Arquiei uma sombrancelha e sorri.

- Ainda não aceitou que perdeu para mim ? - Me empurrou, mas eu nem sai do lugar. Ri de deboche, para provoca-la.

- Do que está rindo, amor ?

- Desculpa, Amor, é que não estou acostumada a ter que aturar pessoas imaturas e infantis. Prometo que na próxima vez procuro ter mais paciência com pessoas do seu tipo  - Disse por encerrar a discussão. Me sentei e todos começaram a rir dela.

Ela me fuzilou mas se calou quando a professora entrou na sala pedindo para que todos se sentassem, e todos o fizeram.

A professora era uma velha chata frustrada.

Ela passou alguns trabalhos, mas nada difícil, pelo menos para mim. No primeiro e no segundo bimestre eram só para relembrar o que estudamos no segundo ano.  E como sempre fui uma aluna bem informada e esforçada, sempre me dou bem.

A Sophie ficou a aula toda me olhando, demonstrava raiva. Mas Raiva de que ? Ela me enganou, ela foi falsa comigo, ela me machucou e ela que me traiu. Isso já estava me incomodando.

- Professora, fala para essa coruja parar me olhar, está me incomodando - Quebrei o silêncio.

- Vai de ferrar, estranha, olho para quem eu quiser. O olho é meu - Gritou irritada.

- Meu amor, não sou pública para você ficar olhando - Revidei, todos da sala pararam o que estava fazendo e começou a prestar atenção na discussão.

A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora