Capítulo 28

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Como ele consegue fazer isso ? Ter esse poder sobre o meu corpo, nunca senti isso antes, esse tipo de atração.

Ele parece chocolate, não consigo resistir. Já até me esqueci de que estávamos brigados.

O toque dele, essa pegada, esse beijo... Isso me atrai de uma forma, eu não entendo o que acontece comigo quando ele me beija, o que acontece com o meu corpo.

É como se eu estivesse hipnotizada, é como se ele controlasse o meu corpo, eu desejo ele perto de mim o tempo todo.

Seu toque me causa arrepios, seu beijo me levanta o desejo.

Ele foi me beijando com mais intensidade, me guiando até a árvore mais próxima. Me jogou contra o mesmo e aproximou seu corpo do meu, meteu seus dedo entre meus cabelos e segurou com força, puxou minha cabeça levemente para trás assim expondo o meu pescoço e deixando um chupão no mesmo, gemi com a sua ação.

- Você me deixa louco - Sussurrou em meu ouvido.

Sorri, sorri porque eu me sinto bem nesse momento, ter esse tipo de sensação.

Por um momento havia me esquecido que matei uma pessoa a pouco tempo, e para falar a verdade toda aquela sensação ruim, ou arrependimento, foi embora. E pensar nisso me faz bem, quero esquecer o Damon e me lembrar apenas do meu trabalho, da minha obra de arte.

Só de lembrar que estou cada vez mais perto de concluir a minha vingança, me trás uma felicidade. Pera, felicidade ? É estranho falar que estou feliz com isso, porque dessa vez eu estou falando a verdade.

Estou conhecendo um mundo novo, mas ainda não sei que mundo é esse.

Talvez seja o meu mundo, eu que criei ele.

Niall começou a beijar meu pescoço descendo para os meus seios, meu corpo foi pedindo por mais e mais por isso.

Senti seu membro criar um volume, e percebi que estava indo longe demais.

Mesmo que seja bom, eu não quero fazer isso agora, não sei se é a hora certa.

Sei lá, sinto como se estivesse fazendo algo de errado, acho que é cedo demais para isso. Acabei de conhecê-lo.
Talvez eu esteja sendo muito careta, mas eu preciso de tempo, do meu tempo. Sinto como se fosse algo precipitado.

-Niall - Minha voz soou fraca, meu corpo não captava o que o meu cérebro mandava. O meu corpo dizia "Continua" e o meu cérebro dizia "Para" - Para, Por favor - Foi difícil, mas consegui falar com mais firmeza.

- Ah, não. Você vai mesmo me deixar desse jeito ? - Falou com cara de cachorro molhado.

- Desculpa, mas não quero fazer isso agora.

- Tudo bem, vou esperar. Você que sabe quando vai ser o tempo certo - Me deu um selinho e sorriu - Agora vou ter que pagar um prostituta para me aliviar.

- Prostituta ? Então vai procurar a Sophie - Falei irritada, ele tinha que estragar o momento.

- Não sinto atração por vacas - Disse e riu da minha reação - Ta com ciúmes ? - Se aproximou de mim novamente e me beijou.

- Acho melhor você me levar para casa, to com sono - Disse fingindo um bocejo.

- Temos que queimar as roupas primeiro - Disse com um sorriso malicioso - Vai, tira.

- Você acha mesmo que vou tirar minha roupa aqui, na sua frente ?

- Ué, por que não ? Já te vi nua antes.

- Eu não estava nua, estava seminua.

-Você pode ficar de novo.

- Deixa de ser abusado, garoto - Falei rindo.

Ele riu e negou com a cabeça. Sorriu maliciosamente, começou a desabotoar sua camisa e tirou o mesmo, fiz o mesmo, ficando apenas com as roupas íntimas.

Peguei minha roupa e a dele, coloquei na sacola junto com o pano que havia usado para limpar o meu rosto e botei fogo adequadamente, para que o fogo não se espalhasse.

- Niall.

- Fala.

- Vamos para minha casa assim, seminus ? Como vou chegar em casa desse jeito ? - Nunca fui tão burra em toda a minha vida. Se uma hora eu teria que me livrar das pistas, obviamente teria que me livrar das roupas. Mas eu não pensei em trazer outra roupa, para usar depois.

- Que merda, não pensei nisso - Rimos da situação. - É que normalmente eu não me sujo todo, né - Falou zombando.

"Normalmente"

- Faz assim, vamos para minha casa e lá você usa uma roupa minha. Amanhã eu vou no shopping e compro uma roupa para você voltar para casa.

- Mas eu não trouxe dinheiro.

- Não precisar pagar. Vai ser um presente meu, uma recompensa pelo seu trabalho.

- Eu to com muito frio, vamos logo para o carro.

- Vem cá que eu te esquento - Envolveu seus braços em meu corpo e me acompanhou até o carro, me Encolhi no banco, me cobri com uma jaqueta dele que havia no carro e ele deu a partida.

Conforme ele foi acelerando, pude ver uma imagem entre as árvores e essa imagem não se movia, como se estivesse em todo canto. Forcei levemente a vista para conseguir identificar, e quando percebi o que era levei um susto...

Era ela, a garotinha parada me olhando. Senti minha vista embaçar, ao poucos fechei os olhos e apaguei.

A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora