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Eu devia ter percebido que algo estava errado logo que entrei na mansão e vi Choi em pé, no centro da sala de estar

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Eu devia ter percebido que algo estava errado logo que entrei na mansão e vi Choi em pé, no centro da sala de estar. Eu devia ter percebido.

-Pode me explicar o que significa isso? – ele disse num tom nada cordial, me mostrando o jornal do dia. Lá estava eu completamente bêbado sobre o balcão da danceteria

Grunhi.

- Olha só, Choi. Eu bebi um pouco a mais ontem e alguém deve ter tirado essa foto e entreg...

- Então é isso que você anda fazendo quando passa as noites fora de casa?! – ele interrompeu, colérico – É a isso que você tem se dedicado, Felix? Se sujeitando ao papel de um... de um garoto de programa?

- Ei! Peraí! Quem você pensa que é pra falar assim comigo?

- Sou seu tutor! - Ele urrou, jogando o jornal no sofá de couro branco. – Como você pôde fazer isso, felix? Não percebe o que a mídia fez? Eles vincularam o seu comportamento ao nome do seu avô, as empresas do seu avô! Você acha que é essa a imagem que o Conglomerado Lee espera passar para os clientes? Acha que é para esse bêbado que os funcionários querem trabalhar? Acha mesmo que algum dia você vai ser capaz de cuidar de tudo que o seu avô deixou? Eu tenho sérias dúvidas.

Retraí-me ligeiramente.

- A culpa não é minha. A imprensa é livre para escolher o que quiser, você sabe disso.

- Se você não der motivos, eles não terão o que escrever. Eu proíbo você de se comportar dessa maneira. Proíbo você de sair desta casa.

- Você não é meu avô! – retruquei. - Sou maior de idade, dono do meu nariz. Faço da minha vida o que eu quiser.

- Não enquanto estiver sob a minha custódia, morando debaixo do meu teto.

Foi então que tudo ficou vermelho à minha frente. Eu me aproximei dele até que nosso nariz quase se tocou.

- É você quem mora debaixo do meu teto, não o contrario. Não estou sob a sua custódia. Os bens do meu avô estão, eu não. Meu avô pode ter deixado tudo nas suas mãos capazes, Choi, mas você não pode me controlar. Nem tente!

- Se for preciso, vou alertar os seguranças para que não deixem você sair dessa casa. Pelo menos assim vou saber que você não está se metendo em encrenca.

- Você realmente acha que pode me trancar aqui?
Ele empinou o queixo duplo, me confrontando com os olhos obstinados. - Farei o que for preciso.

- Tudo bem – estreitei os olhos e o encarei por mais um minuto antes de me virar e subir as escadas calmamente. Assim que fechei a porta do quarto, peguei meu celular. – Ji, preciso de ajuda. – Relatei a ele o que tinha acabado de acontecer.

- Que absurdo! Quem esse idiota pensa que é? – ele resmungou. – Pega tudo que achar necessário e vem pra minha casa. Você vai ficar aqui por uns tempos. Mais da metade das suas roupas já está aqui mesmo.

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