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A danceteria não era muito grande, mas era bastante estilosa

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A danceteria não era muito grande, mas era bastante estilosa. Havia muitos detalhes cromados nas paredes pretas, o que dava um efeito bacana às luzes em tons de rosa, azul e amarelo, que pareciam vir de todas as direções, inclusive do chão. Hyunjin parecia muito deslocado, olhando para os lados, desconfiado, por isso jisung e eu nos dedicamos a lhe apresentar alguns copos de tequila antes de nos soltar na pista. Ele se recusou a dançar e permaneceu ao lado do bar.

Jisung sempre fora meu parceiro parceira preferido de balada. Tinha a mesma fome de sacudir o corpo que eu, a mesma sede de álcool, com a diferença de ser menos expansivo quando estava bêbado.

- O hyunjin está olhando para você – ele disse em meu ouvido.

- Está? – voltei os olhos em sua direção.

Através do pisca-pisca incessante das luzes coloridas e dos corpos em movimento, ele me encarava com o rosto sério, os olhos intensos. Levantou o copo e fez um pequeno movimento com a cabeça.

- Vai lá. Cola nele.

- Hã... Não sei não. Acho que não é uma boa ideia. – Especialmente dada a quantidade de álcool correndo em meu sangue. Talvez eu dissesse alguma besteira.

- Ah, deixa de ser covarde. Ih, preciso ir ao banheiro! – Ele me deixou plantado na pista, indo na direção oposta a dos sanitários.

Achei que seria muito rude de minha parte não ir falar com hyunjin já que tinha ficado ali sozinho, de modo que, meio por acaso, acabei indo parar ao seu lado. Subi no banco alto, apoiando os cotovelos no balcão, de frente para a pista lotada.

- E aí, vai ficar de canto a noite toda? – perguntei.

- Hã... Acho que encontrei um bom lugar. – Seu rosto examinava a casa noturna. – Bacana isso aqui.

Eu ri.

- Não precisa fingir, hyunjin. Eu sei que você não gostou – acusei.

- Não, não. Eu só... Tudo bem, não gostei – ele sorriu um pouco. – É muito caótico pra mim. Gosto de lugares calmos, onde eu possa tomar minha cerveja e ouvir meus próprios pensamentos.

- Acho que é esse o seu problema, hyun. Você pensa demais. Vem dançar. – Levantei-me e tentei puxá-lo pelo braço. Eu teria mais sucesso se tentasse mover a pilastra cromada ao lado dele.

- Isso é exigir demais, felix – ele disse, mas sorriu. – Vou ficar por aqui. Vá se divertir.

Frustrado, dei de ombros. Peguei mais bebidas e voltei para a pista. Chocado, olhei ao redor. Ninguém parecia notar como o chão balançava, feito o convés de um iate. Muitas doses depois de jisung voltar, enquanto eu observava hyunjin a distância e desviava o olhar quando ele me flagrava – ele sempre me flagrava -, uma garota se aproximou dele, toda sorridente, jogando os cabelos e tocando seu braço numa conversa sussurrada ao pé do ouvido.

Procura-se um marido •hyunlix•Onde histórias criam vida. Descubra agora