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Hyunjin me levou a um barzinho superbacana

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Hyunjin me levou a um barzinho superbacana. Havia pouca gente naquele início de noite de segunda-feira, o que achei ótimo. O ambiente era acolhedor, com mesas de madeira e bancos estofados. Havia uma infinidade de plantas na decoração, e a meia-luz e a música ambiente deixavam tudo com um ar mais íntimo. Hyunjin pediu chope e uma porção de batata frita. Eu adorei. Comida de boteco sempre fez minha cabeça. Cerca de uma hora depois, já havia uma pilha considerável de discos de papelão em nossa mesa. Hyunjin ficava muito falante quando bebia.

- Onde você aprendeu aquela manobra? A lisa parecia sentir muita dor – comentou calmamente.

- Quando se viaja sozinho e sem destino, é importante saber uma ou duas coisinhas, caso apareça algum engraçadinho.

Ele sorriu.

- Você conheceu muitos lugares, imagino.

- Muitos. Eu me sentia livre dessa forma, como se nada me prendesse, mas era apenas... um jeito de me colocar à prova. Uma espécie de desafio, eu acho. Eu morria de saudades e sempre acabava voltando para casa depois de dois meses.

- Saudades do seu avô ou tinha alguém que te prendesse? – ele não me encarava, mas senti o interesse real em seu tom de voz.

- Do meu avô, claro. Ninguém nunca me prendeu. Eu nunca quis ficar em algum lugar por alguém que não fosse o vovô. – Até agora.

- Como é isso? Ser livre? – Ele tomou um gole de sua bebida.

- É... como se não existisse corpo, apenas alma. Permanecer num lugar por determinado período, depois seguir em frente sem criar raízes... Então me ocorreu que isso não era liberdade. Era falta de algo. Algo que eu procurara e não havia encontrado em nenhum lugar do planeta. Algo precioso que eu encontrava em hyunjin toda vez que ele sorria para mim.

- Parece bom – ele sorriu.

- Na verdade, não. Perdi um tempo precioso que poderia ter passado ao lado do meu avô.

Senti uma onda de calor quebrar sobre mim quando ele tocou minha mão e a apertou gentilmente.

- Você ainda sente muita falta dele, não é? Assenti.

- Ele era tudo o que eu tinha. Toda minha família. Claro que um pouco de grana seria bom, não vou mentir, não tenho gostado muito dessa condição de... privações. Mas é dele que sinto falta

realmente. Era ele que eu queria de volta.
Ele me encarou fixamente, os olhos quentes e moles.

- Acho que você ainda não aceitou a morte a do seu avô. Parece que ainda espera que ele volte – comentou.

Hyunjin não podia ter acertado mais. Eu esperava a próxima visita de vovô em meus sonhos como uma criança espera a chegada da noite de Natal.

- Você tem razão. Eu espero por ele. Sempre vou esperar. Não sei bem como viver sem ele.

Procura-se um marido •hyunlix•Onde histórias criam vida. Descubra agora