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Passei o caminho todo vibrando como um tolo por ele ter dito "nossa casa" com tanta naturalidade

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Passei o caminho todo vibrando como um tolo por ele ter dito "nossa casa" com tanta naturalidade. Era uma coisa boba, mas para mim era como se ele realmente me visse como parte de sua vida, como seu parceiro... o que quer que fosse.

Ele estacionou na garagem e abriu minha porta, todo gentil. Desci do carro, ansioso para chegar logo em casa e ver o que ele tramava. Um vinho delicioso e queijos para uma noite a dois? Um colchão novinho em folha, e queria minha opinião sobre sua maciez? Um garoto podia sonhar...
No entanto, hyunjin não se moveu, ficou parado na minha frente, me encarando. - O que você acha? - perguntou, um pouco tenso.

- Do quê?

- Do seu presente?

- Hã... Eu não sei... Talvez seu eu pudesse ver primeiro...

Ele então tirou uma chave do bolso e me entregou.

- Humm... É uma chave bem bonita.

Ele ria um pouco tenso, apontando para o automóvel atrás de si. Um carro pequeno, mas de aparência robusta, amarelo-vivo, sorria na vaga do SUV de hyunjin na garagem subterrânea. Perdi o fôlego.

- Você... você está... Esse carro é... o...

-Você gosta - ele perguntou, ansioso.

- Hyunjin- engoli em seco. - Você está me dando esse carro? - consegui perguntar por fim. Ele assentiu.

- Achei essa cor alegre e ousada, a sua cara. Não que eu te ache extravagante nem nada disso. Só deduzi que diante das opções, esse seria mais do seu jeito. Eu sei que não se compara com o seu antigo cupê, não tem itens luxuosos, e nem vamos falar do motor, mas... talvez você prefira um carro mais simples a ter que depender do ônibus - ele deu de ombros, as mãos enfiadas nos bolsos da calça.

Um nó fechou minha garganta. Em menos de hora, eu recebera duas propostas de um carro só meu. Uma tão diferente da outra. E não era por causa do carro novo e reluzente estacionado diante de mim que eu me encontrava sem fala, era pelo gesto. Hyunjin se importava comigo a ponto de me comprar um carro. Ele se importava! E certamente não exigiria nada em troca. Talvez não quisesse nem mesmo um 'muito obrigada'.

- Hyunjin...

- Você não pode depender de mim pra tudo - ele continuou:

- Quer dizer, espero que ainda queira ir comigo para a empresa. Seria ecologicamente correto e, já que vamos os dois para o mesmo lugar e no mesmo horário, seria mais inteligente usar apenas um carro, economizar combustível, essas coisas. Mas, se você quiser ir sem mim, tudo bem - e correu nervosamente a mão pelos cabelos macios.

- Hyunjin...

- O que estou querendo dizer é que eu não quero que você se sinta obrigado a nada. Esse carro é só um presente e não estou tentando comprar sua companhia. - Tão, tão diferente da proposta de Choi.... - Pode até trocar se não tiver gostado. Pode vender e comprar outro ou... outra coisa... desde que não seja uma moto! Porque eu não acho seguro andar naquelas coisas nesse trânsito doido, e sei que você gosta de emoções fortes, e o risco seria grande... - Ele não parava de trocar o peso do corpo de uma perna para outra, suas mãos estavam tão agitadas quanto sua fala desenfreada, os olhos fugiam dos meus, não se prendiam em meu rosto por mais que dois segundos.

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