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- Ji, acho que vou vomitar – reclamei, sentindo a pele úmida de suor

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- Ji, acho que vou vomitar – reclamei, sentindo a pele úmida de suor.

- Não vai, não. Vai ficar tudo bem. Respira. Só respira! Quer um chocolate pra acalmar?

- Não que bom. Preciso deles só pra mim.

Meu amigo inseparável e companheiro de todas as horas estava de mudança e em pânico. Depois do susto de pensar que jisung havia se ferido gravemente naquela noite na mansão, minho finalmente colocara a cabeça no lugar e decidira manter o mergulho apenas como hobby, continuar na galeria e se tornar um homem casado. Do que jisung não gostou nada – a parte do homem casado, quero dizer. Mas a rejeição ao pedido de casamento dele não foi total, de modo que, quando ele sugeriu que eles apenas morassem juntos, minho topou na mesma hora a irmã dele, não gostou da notícia, mas ele estava pouco ligando. E, mesmo sem oficializar o relacionamento, jisung estava assustado apesar de mentir categoricamente, alegando estar calmo e muito seguro.

Sua mãe ficou um pouco abatida por ter que se separar de seu único filho, mas uma pontinha de felicidade se espreitava em seus olhos mesmo que ela tentasse esconder. Imaginei que isso tinha a ver com um instrutor muito gato da academia que ela e jisung frequentavam e que agora fazia hora extra no sofá da sala de estar.

- Conseguimos um apartamento perto da sua casa. É uma gracinha – me contou ele.

- Isso é fantástico! – eu disse, enlaçando seu pescoço.

- Precisa de pouca reforma. Ah, lix.- ele sacudiu a cabeça. – Tudo parece conspirar para eu ir morar com o minho. Ele está eufórico. Sem contar que estaremos a quilômetros da irmã dele, aquela abelhuda sem noção, o que é mais uma vantagem – ele suspirou. – o melhor de tudo é que da pra ir a pé até a sua casa.

- Isso sim é vantagem. Eu nunca poderia ficar longe de você.

- Não sei por que não paro de comer. Devo estar com verme ou algo assim. Já engordei dois quilos essa semana. Dois quilos! Tem um rinoceronte morando no meu estômago.

- Ou pode ser medo de começar uma vida nova com minho... – sugeri.

- Não, imagina! Medo do quê? Da gente se matar em poucos meses, como aconteceu com o meu pai e a minha mãe? – Ele mordeu outro bombom avidamente. Nem terminou de mastigar e continuou: - Ou que ele se ressinta por ter desistido da profissão de guia subaquático e comece a me odiar? Talvez ele me abandone depois de alguns meses e decida ir morar em algum lugar paradisíaco, lotado de mulheres lindas e seminuas, com a pele bronzeada e sem um grama de gordura na bunda – ele comentou com um ar sonhador.

- Não acho que isso seria possível – objetei. – O minho sempre preferiu você.

- É o que ele diz.

- É o que ele quer! – corrigi. – Você não percebe abriu mão de um sonho, na boa, sem pestanejar, pra ficar com você? O minho te ama caramba! Aceita logo isso.

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