Felix sabe curtir a vida já viajou o mundo, é inconsequente, adora uma balada e é louco pelo avô, um rico empresário, dono de um patrimônio incalculável e sua única família.
Após a morte do avô, felix vê sua vida ruir com a abertura do testamento...
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– Você enlouqueceu de vez! – gritou jisung, batendo a porta do guarda-roupa, quando expliquei a ele como planejava acertar minha vida.
– Talvez você esteja certo – eu disse, terminando de arrumar os cabelos. – Mas não vou ficar parado vendo a minha vida ruir porque alguém armou pra cima de mim.
– Mas invadir uma casa? Isso é sério, lilix– ele disse, abotoando a camisa branca. O rosto estava tenso. – Até pra você.
– Não é tão sério assim... – Mas ele tinha razão e eu sabia disso. O grande problema era que eu tinha certeza de que havia algo oculto naquela história, algo que poderia me ajudar a sair daquele pesadelo, e eu estava pronto para pagar o preço. Porém colocar jisung naquela roubada estava me matando.
– Você não vai comigo. Tô sozinho nessa.
– Nem pensar! Se você for, eu também vou. – Ele cruzou os braços sobre o peito quando tentei argumentar. – E nem adianta tentar discutir. Ou vamos os dois, ou não vai nenhuma.
– Ji– suspirei –, eu já te meti em mais confusão do que gostaria. Aqui estou eu outra vez, incomodando você e a sua mãe. Você sempre foi a mais responsável de nós dois. Pensa no que está querendo fazer.
– É por isso mesmo que quero ir. Preciso fazer algo bem idiota – ele resmungou.
Suspirei, passando os braços sobre seus ombros. Nós dois estávamos arrasados emocionalmente, mas por razões diferentes.
– Você ainda está chateado com minho?
– Não. – Ele encostou a cabeça em meu obro e gemeu. – Tá bom, estou. Não é que eu não entenda. Quer dizer, ele estava fazendo as aulas de mergulho e eu sabia. Mas, até você sugerir, nunca me ocorreu que ele pretendia mudar para o litoral e trabalhar como guia turístico subaquático. E nunca ocorreu que ele quisesse que eu fosse junto. A gente mal se conhece!
– Na verdade, vocês se conhecem há um tempão – apontei.
– Tá, mas eu digo conhecer. Isso é loucura! Não posso simplesmente largar tudo e mudar com ele para uma praia qualquer. Seria praticamente um casamento, um passo grande demais e idiota e...
– Invadir casas é bem menos assustador? – tentei.
– Exatamente – ele riu. – Vamos mesmo fazer isso?
– Eu vou – esclareci. – Vou precisar da ajuda do hyun. Não sei como ele vai me receber hoje, então cruza os dedos pra dar tudo certo.
Ele avaliou meu rosto e murchou um pouco. – Ele ainda não ligou?
Sacudi a cabeça, encarando o chão.
Eu estava furioso– entre outras coisas – com hyunjin. Como ele pôde imaginar que eu estava mais interessado em dinheiro que nele? Eu ainda me questionava como ele fora capaz de pensar algo assim a meu respeito. Como?
