Felix sabe curtir a vida já viajou o mundo, é inconsequente, adora uma balada e é louco pelo avô, um rico empresário, dono de um patrimônio incalculável e sua única família.
Após a morte do avô, felix vê sua vida ruir com a abertura do testamento...
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Depois que Inês se prontificou a me ajudar, entendeu o que eu queria e prometeu fazer tudo exatamente como pedi, fui para o setor nove, me sentindo um pouco instável. Hyunjin estaria lá. Como seria nosso reencontro? Ele ao menos falaria comigo?
Mal saí do elevador e meu celular tocou. Era jisung. Aproveitei para confirmar tudo.
– Hoje à noite. Tem certeza?
– Se quiser, ainda dá tempo de desistir – alertei.
– Nada disso. Estarei pronto, mas... hã... que roupa eu uso? Eu nunca invadi nada antes. Revirei os olhos.
– Qualquer coisa discreta e confortável, que permita subir em muros, se enfiar embaixo de móveis, pular janelas, essas coisas.
– Humm... Acho que não tenho nada pra usar. Vou dar uma passadinha no shopping antes de ir pra casa.
– Jisung! Eu aqui, louco de preocupação com o perigo de acabarmos na cadeia, e você preocupado com a roupa que vai usar? – Hyunjin entrou no corredor e parou quando me viu. Acho que meu coração também. – Preciso ir, ji. Até mais tarde.
Endireitei-me, alisando os cabelos, tentando me fazer de indiferente e falhando vergonhosamente. Hyunjin ficou um momento ali, parado, me olhando de um jeito indecifrável, depois encarou o chão.
– Oi – murmurei, com o coração aos pulos. Tudo bem, eu estava furioso por ele não ter me ouvido e magoado por ele pensar tão mal de mim. Mas eu não podia evitar amá-lo. Simplesmente não dava para não reagir à sua presença. Era o mesmo que tentar capturar o ar com uma peneira. Impossível! Por isso eu me negava a acreditar que estava tudo acabado entre nós.
– Oi. Você saiu de casa – ele acusou.
Respirei fundo.
– Você sabia que eu ia fazer isso.
– É, acho que sabia – ele murmurou, olhando para alguns papéis em suas mãos. – Acabei de assinar a papelada do divórcio. A secretária do Choi está esperando para levar ao cartório.
– Já? – me segurei na parede fria para não cair.
– O Choi não perde tempo, não é? – ele levantou a cabeça para me encarar, algo perigoso brilhava em seus olhos.
– Hyun... – sacudi a cabeça. – Preciso falar com você.
– Imagino que não seja importante. Se fosse, você teria ficado em casa ontem e esperado eu voltar para conversarmos.
– Você está começando a me deixar muito irritado. Está agindo como um completo idiota!
– E não é essa a função dos ex-maridos? – ele abriu um sorriso tão agonizante que comecei a tremer. – É a sua vez de assinar. Vamos acabar logo com isso – me estendeu os papéis e uma caneta e esperou.
