15 ! GOODBOY

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SALVEEEEEEEEE

Eu queria agradecer a todes pelo amor que vocês estão dando a GB!BB. Sério mesmo. Eu fico toda derretida com todo o carinho de vocês. Então: OBRIGADINHA! ☺️🤧💜

Espero que gostem do capítulo, comentem bastante, deixem a se isso acontecer e boa leitura 💕


░★░


Conversar traz leveza
E pela primeira vez
Sinto que posso voar
★★★

— Acho que estou pronto — anuncio durante o almoço de sábado. — pra conversar.

Quando ergo o olhar do meu prato, vejo o olhar dos dois mais velhos em mim. Dois pares de olhar amuados e cansados.

Meu pai conseguiu folga neste sábado. É bom, de certa forma, ter ele almoçando em casa. Apesar das coisas não estarem tão bem assim.

— Mesmo? — mamãe pergunta e sorri fraco quando eu assinto.

Eles se entreolham.

Engulo em seco e me ajeito na cadeira antes de acrescentar:

— M-mas vocês tem que começar a confiar em mim. — Não consigo manter o contato visual, então abaixo o olhar para a mesa. — Eu quero saber de tudo. Quero saber quando e onde o papai vai morar. Quero saber como vai ficar essa casa. Quero saber se a senhora... — Toco o ombro da mulher sentada ao meu lado. — vai começar a trabalhar, porque eu não consigo manter ela sozinho, muito menos o papai tendo a... a vida dele em outro lugar. — Volto a erguer o olhar mesmo que a minha vontade seja de me fundir a cadeira e sumir de tanto nervoso. — Eu faço dezoito anos em dois dias. E-eu... não sou mais uma criança. Não me tratem como uma. Eu quero saber de tudo.

Estou agoniado nessa cadeira, sob o olhar deles. Está sendo difícil. Não que eu esteja fazendo algo errado, mas, com certeza, estou fazendo algo que nunca fiz: sendo sincero com eles.

Mostrando para eles o que eu quero.

A questão é que, apesar de parecer uma coisa besta, a minha perna balança embaixo da mesa e sinto a garganta secando cada vez mais. A voz trêmula e mais baixa que o normal me faz, lá no fundo, torcer para não terem me escutado.

— Eu acho justo. — Papai quebra o breve silêncio que se forma.

Minha mãe hesita por um tempo, mas assente com a cabeça. Não posso afirmar com exatidão o motivo da sua hesitação, mas sei que sente medo. Ela sempre sente medo quando o assunto sou eu. Por causa do meu irmão. Ela tem medo de me machucar, de me perder. Sei que não vai suportar mais uma perda.

Mas então eles me contam. Me contam desde o começo. Desde quando pensaram em se divorciar, anos atrás. Eles só continuaram por mim. Só aguentaram por mim. Porque, na percepção deles, eu precisava dos dois unidos. E talvez precisasse mesmo. Preciso ainda, na verdade. Mas entendo que está machucando os dois.

Eu entendo. Mesmo.

Eles me contam que já estão divorciados há bastante tempo, quase um ano, e que só estavam tentando encontrar um melhor jeito para me contar. E isso explica porque as coisas estão acontecendo rápido demais na minha percepção.

Me contam também como ficou a divisão de bens, além da minha guarda (que não valerá de muita coisa assim que eu fizer dezoito anos). Não é como se tivéssemos muitos patrimônios para dividir. Papai ficou com o carro, mamãe ficou com a casa. Além de que irei passar os finais de semana na casa do meu pai já que ficarei durante ela com a minha mãe.

Goodboy!Badboy • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora