you give love a bad name

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Billie's Pov

Eu estava em casa impaciente. Belly parecia não chegar nunca.

– Calma, Billie! Apenas espere mais um pouco. -  Eu dizia a mim mesma toda vez que a vontade de ir até o apartamento dela tomava conta de mim.

Belly não tinha dito a que horas voltava, mas ela costumava chegar as 20h.
E então se passaram 30 minutos, 40, 50, uma hora.. e assim se estendendo. Já se aproximava das 22h quando pensei que ela não viria mais, então me levantei da minha cama e peguei a chave do meu carro.

Se ela não vem, eu vou. Desci as escadas correndo, e sai da casa indo em direção ao meu carro.
Eu dirigi rápido até a casa de Belly, torcendo apenas para que ela tivesse pego no sono ou coisa assim.

Um tempo depois eu cheguei frente ao prédio da garota. Eu usava óculos escuro, boné, um moletom, calça jeans. Bem, era praticamente impossível alguém me reconhecer.

Assim que fui entrando, olhei para o estacionamento do edifício, e notei que o carro de Belly estava lá, o que me fez sentir uma leve onda de alívio.

Continuei caminhando até a portaria, onde um senhor dormia. Por sorte o portão não estava fechado, então entrei com cuidado para não acorda-lo. Mas falhei, estava prestes a entrar no elevador quando ouvi uma voz masculina.

– Quem é você? Como entrou? - Ele perguntou de longe. Respirei fundo antes de me virar sorrindo para o senhor.

– Morgan! Eu sou prima de uma moradora. - Eu disse me aproximando um pouco do senhor. – Ela me disse que mora perto da policial. A.. droga, não consigo me lembrar o nome dela. - Eu fingi usando todos os meus dons de atriz, e por sorte funcionou.

– A Belly? Ela mora no último andar, não tem vizinhos. - Ou eu me enganei. O homem me olhou desconfiado, mas eu me mantive calma.

– Bem, eu disse perto, não ao lado, não é mesmo? - Inverti a situação ao meu favor e o homem tranquilizou sua expressão.

– É verdade. Sabe o endereço? Não quer que eu interfone? - Ele perguntou e eu apenas balancei minha cabeça em concordância, e depois neguei com a cabeça, respondendo a segunda pergunta.

– Sei bem onde fica. E não é necessário que interfone, ela sabia que eu vinha. - Sorri e me virei de costas, caminhando quase correndo quando vi o elevador aberto.

Por sorto o elevador estava vazio. Acenei para o homem antes que ele se fechasse, e assim que fechou, soltei o ar que eu nem ao menos sabia que estava prendendo.

Eu estava pensando sobre o quanto Belly daria risada dessa história.
Apertei o botão que me levaria até a cobertura de Belly, parando frente a sua porta quando sai do elevador. Toquei a campainha e nada. Bati na porta, e nada. Nesse momento eu já havia me convencido de que a garota estava dormindo.

Coloquei a mão no bolso do meu casaco, e puxei a pulseira que estava ali.
Uma pulseira da vivara, prata, com berloques. Berloques personalizados, que eu havia mandado fazer exclusivamente para a garota. Suspirei e a guardei de volta em meu bolso. Eu estava tão animada para entregar, mas aparentemente não seria hoje.

Eu estava frente ao elevador novamente, esperando para descer, mas quando ele se abriu, Belly saiu de lá, parecendo levar um susto por não esperar me ver. Diferente dela, eu sorri abertamente quando vi a garota.

– Billie? Billie o que faz aqui? Você é doida? Venha! - Ela disse olhando para os lados antes de me puxar para seu apartamento. Ela abriu a porta rapidamente e me pôs para dentro, entrando em seguida.

– Você demorou para ir, então eu vim.. onde você estava? - Só então notei que a garota estava bem vestida. E por sinal, muito bem vestida. O vestido lhe caiu como uma luva, servindo perfeitamente bem. Marcando perfeitamente suas curvas, e seu corpo extremamente escultural.

– Eu... eu.. como foi que você conseguiu entrar? Meu Deus! Esse prédio já foi mais seguro. - Ela disse dando um tapa em sua testa enquanto caminhava para a cozinha.

– O homem lá embaixo dormia, e o portão estava aberto, quando ele acordou eu... espera! Você está mudando de assunto. Me diga, Isabelly, onde você estava? - Eu perguntei um pouco mais rígida. Belly passou por mim saindo da cozinha, e eu a segui mais uma vez, esperando minha resposta.
Passando por ali notei flores perto das que eu havia dado a Belly pela manhã. – Já entendi. Faz mais sentido agora. - Eu dei uma risada nasal antes de me afastar. Eu caminhava para a porta, e agora Belly me seguia.

– Billie, espera. O que..? Merda! O que você está pensando. - Ela dizia enquanto caminhava até mim.
A mais nova segurou meu braço quando se aproximou de mim. Eu apenas me virei para ela com uma expressão entediada.

– Era por isso que não queria aceitar morar comigo. - Dei uma risada nasal, claramente sem humor. – Faz sentido. Eu servi 'pra você até que seu ex voltasse arrependido, né? O que eu esperava ao me envolver com uma hetero. - Eu disse tentando me soltar, mas embora fosse pequena, ela realmente era forte.

– Billie, você 'tá viajando. 'Tá surtando atoa. - Eu a encarei incrédula. Eu não podia acreditar que estava ouvindo isso. – Vamos sentar, eu prometo que explico tudo.  - Ela sugeriu e eu bufei, concordando em seguida. Nós nos sentamos no sofá, e agora Belly finalmente havia me soltado.

– Pode falar. - Foi tudo o que eu disse. Belly me olhou magoada, mas por que ela estava magoada? Eu quem havia sido enganada.

– Não foi o Nicholas quem me deu as flores. Eu nem sei por onde ele anda, e não quero saber. - Meus olhos estavam fixos na enorme janela a minha frente. As luzes da cidade lá fora me prendiam, embora eu prestasse atenção em Belly. – Foi Justin quem me trouxe elas, e nós saímos, apenas para jantar. - Eu bufei ao ouvir o nome do homem. A garota segurou minhas mãos e as puxei, cruzando os braços abaixo na altura da minha barriga. – Billie, eu juro que não rolou nada. Nem vai. Somos apenas colegas de trabalho. - Eu agora me virei encarando a garota pela primeira vez desde o início da conversa.

– Então por qual motivo não aceitou meu pedido? - Perguntei descruzando meus braços, deixando-os sobre minhas coxas.

– Porque é complicado, Billie. É arriscado demais. - Mantive meu silêncio. Embora eu quisesse, eu não conseguia entender Belly. Eu suspirei.

– Mas você indo para lá e voltando é arriscado da mesma forma, Belly. - Agora foi a garota a minha frente quem suspirou. Ela abaixou sua cabeça, parecendo pensar em algo.

– Eu vou pedir algumas semanas livre no trabalho, e ficarei em sua casa durante esse tempo, pode ser? - Ela sugeriu, e embora não fosse exatamente como eu queria, já parecia bom. Eu concordei com a cabeça tendo um sorriso formado em meu rosto. – Certo, então eu vou pegar algumas coisas e... - Ela se levantou sorrindo, e eu me levantei interrompendo a garota.

– Não precisa pegar nada! - Ela me olhou confusa e eu sorri para ela. – Eu disse que seria tudo seu. - Eu pude ver seus olhos brilharem. A garota pulou em cima de mim me abraçando forte.

– ENTÃO VAMOS! - Ela disse animada enquanto me largava e eu apenas balancei a cabeça em concordância.

No fim, eu ainda estava um pouco chateada por Belly ter me deixado esperando enquanto estava com outro, mas eu prefiro acreditar que de fato não rolou nada.

– Espera. - Eu disse quando nós saímos do apartamento de Belly. – Uma precisa ir na frente. Eu disse que era apenas prima de uma vizinha sua. - Sorri sem graça e Belly me olhou entediada, revirando os olhos em seguida.

– Vamos juntas, apenas não nos falaremos na frente do porteiro. E também, seguiremos caminhos diferentes, já que eu preciso ir com meu carro para não levantar suspeitas. - Ela disse caminhando até o elevador e eu a segui.
Nós descemos, e como Belly havia dito, o porteiro nem se quer questionou, ele apenas cumprimentou a garota a minha frente e voltou a ler seu jornal.

Belly seguiu para o estacionamento e eu segui para fora do condomínio, em direção ao meu carro.
Fiquei ali esperando até que o carro da garota passasse, e quando assim fez, eu dei partida seguindo-a até minha casa.

dois em um dia p compensar meu sumiço 👀
VOTEEMMM!!! BEIJOSSSS

You complicate the easy. ( Billie Eilish - G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora