𝟑𝟎. endgame

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DOIS ANOS DEPOIS



Taemin bateu as mãos na mesa com irritação, sua expressão estava fechada e seu rosto vermelho. A única coisa que passava em sua mente naquele momento era quantas balas usaria para matar o cara a sua frente.

— Que porra você tá dizendo? — questionou. O outro homem abriu a boca para falar, mas com um gesto de mão do Lee ele se calou. — Você fodeu com tudo, Zian.

— Eu sinto muito, eu...

— Você porra nenhuma! — Apontou, falando alto. — Você foi a porra de um filho da puta.

Zian soltou o ar, de repente se levantando bruscamente para retrucar, fazendo com que a cadeira se arrastasse no chão e causasse um eco na sala. Jaehyun, Johnny e Tayong automaticamente sacaram as armas, apontando diretamente para o homem, Taemin apenas sorriu relaxadamente, satisfeito com o quão rápido os meninos reagiram.

— Você fodeu com toda a porra do...

Bubô!

De repente a porta se abriu e a voz infantil ecoou pela sala de reuniões, os passinhos leves e apressados ecoaram pela sala e não precisava de muito para saber de quem se tratava. Taemin ajeitou a postura no exato momento em que ouviu o apelido "Bubô" que substituía "vovô", um sorriso ocupou seus lábios e ele quase que instantaneamente sentiu-se fraquejar e derreter como sorvete no sol. Viu quando a garotinha de dois anos correu em sua direção com um vestidinho branco e tênis, os braços pequenos abertos para envolvê-lo em um aperto caloroso. Assim que notaram a garotinha invadir a sala, os meninos imediatamente abaixaram as armas, já cientes que a nova regra da casa era não deixar armas a mostra perto da pequena Lee.

— Oi, princesa — O Lee falou suavemente, apertando o corpinho e sentindo um selar estalado e molhado em sua bochecha. — Fugiu de novo? Sua mãe vai ficar brava.

Nawon não tinha acesso ao terceiro andar, mas desde que havia dado os primeiros passos, não parava quieta e depois que descobriu a "sala de esconde-esconde do Bubô", como ela mesma gostava de chamar, sempre que tinha chance corria para lá, já sabendo que o encontraria ali, todos da casa já ficavam atentos a isso e os próprios Lee's já haviam cuidado para que nada que pudesse feri-la ficasse a alcançasse.

A garotinha deu uma risadinha baixa, cobrindo a boca com a mão e encarando o homem.

— Eu tive sodadi.

Taemin sorriu, completamente rendido pela pequena, sabia que Donghyuck provavelmente havia se distraído e Nana havia corrido para a sala de reuniões. Soltando um resmunguinho para indicar haver entendido o que ela falou, viu a garotinha se virar, os olhinhos brilhando ao ver Taeyong do outro lado da mesa.

— Yongyong! — exclamou animada, estendendo automaticamente os braços.

— Ah! Você só viu o Taeyong aqui? Eu não vou mais te dar bala, viu, Nana? — Jaehyun reclamou, tirando uma risada dela, que acenou com a mão enquanto abraçava Taeyong apertado.

— Oi, tio Jae — falou baixinho. — Você tem de uvinha hoje?

Jaehyun riu, revirando os olhos e estendendo os braços para a garota, a segurando assim que ela foi em sua direção, trocando um olhar com Taemin, que assentiu em uma concordância silenciosa de tirá-la dali para poderem terminar aquele assunto.

— Tenho. Que tal a gente ir lá pegar, hein? Eu tenho um monte de doces para você hoje, mas não pode contar para a sua mãe, tá bom?

Taemin observou Jaehyun levar a menina para fora, suspirando com um sorrisinho e então virando-se para o homem novamente, apoiando as mãos na mesa.

— Voltando para a parte que eu penso se gasto minhas balas ou não, o que você dizia?

— Eu vou recuperar a mercadoria, Taemin, não foi culpa minha.

— Você entregou nossa localização, é óbvio que a culpa foi sua — Taeyong exclamou.

— Foi uma emboscada. Eu vou recuperar. — Zian afirmou novamente.

Taemin o encarou, estreitando um pouco os olhos. Seu estresse havia sumido razoavelmente ao ver Nana e, honestamente, ele não via a hora de sair dali logo.

— Você tem uma semana, Zian. Nada mais que isso.

O homem assentiu rapidamente, saindo da sala assim que Taemin indicou que ele o fizesse, Johnny o acompanhou, deixando os dois Lee na sala. Ambos suspiraram, acomodando-se em suas cadeiras.

— Vai ainda vai buscar a Junnie na escola?

— Vou daqui a pouco, prometi que ia levar ela para tomar sorvete.

Taemin sorriu fraquinho com aquilo, balançando a cabeça levemente enquanto conferia o celular. A pequena Junnie tinha começado a ir à escola definitivamente naquele ano, além disso, ela era oficialmente uma Lee agora, reconhecida com esse sobrenome em todos os documentos. Taeyong e Lana tinham a adotado legalmente no ano passado e, embora ela não os chamasse de papai e mamãe — O que era bem compreensível — , Junnie demonstrava muito amor por eles.

Agora também já conseguia dormir sozinha em seu próprio quarto e, apesar da diferença de idade, Nana e ela se davam tão bem quanto duas irmãs. Eram as queridinhas da casa e não havia ninguém no NCT que não se derretia pelas duas.

— Kibum conseguiu resolver o problema com a mercadoria?

— Razoavelmente, ele encontrou a mercadoria pela metade, mas não encontro o restante, nem os caras.

— E o que vamos fazer?

— Estamos tentando localizar e depois vamos ver como resolver.

— Acha que isso tem algo haver com a nova gangue que está rodando por aí?

— Talvez, mas já, já eles vão aprender a lidar com as coisas no nosso território.

— Acho que eles estão tomando muito espaço agora, pai, a gente não deveria esperar tanto assim.

Taemin estalou a língua no céu da boca, dando de ombros e balançando a cabeça de uma lado para o outro. Não estava tão preocupado com aquilo agora, podia lidar com aqueles caras em um estalar de dedos. Eles não eram uma prioridade.

— Eles não tem espaço. Só acham que tem.

Taeyong sorriu, conferindo o horário e então se levantando. Estava quase na hora de buscar Junnie. O toque do celular de Taemin ecoou pela sala, ele deslizou o dedo pela tela, levando o aparelho ao ouvido.

— Sim, Yuta?

Tae observou o pai com atenção, sabendo que Yuta estava em viagem para resolver algo importante, no entanto, a reação do pai lhe preocupou um pouco, ele franziu o cenho, curioso para saber o que Yuta dizia do outro lado, esperando que não fosse um problema.

Taemin sentiu seu coração bater em um solavanco estranho ao ouvir todas as palavras ditas do outro lado da linha. Não parecia real que algo assim estivesse acontecendo. Não parecia mesmo real, mas as palavras de Yuta eram claras como água cristalina.

Encontramos o Jeno.





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Então, é isso aí!

Este é oficialmente o último capítulo de No Mercy e, sinceramente, eu nem acredito que chegamos aqui. Houve momentos em que achei que desistiria dessa fanfic e terminar ela me deixa de coração quentinho. 

No Mercy tem um lugarzinho reservado em meu coração e eu agradeço muito a cada um que acompanhou até o final e que me apoiou para que eu conseguisse terminar ela. Vocês são top! <3


No mais, obrigada por me acompanhar até aqui.

NO MERCY, Lee Taeyong ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora