𝟎𝟒. trust or question

479 46 9
                                    



 ─ O filho da puta resolveu o problema rapidinho. ─ Taeyong murmurou, balançando a cabeça com um sorrisinho enquanto destravava uma das armas da caixa, a mirando para qualquer lugar e apertando o gatilho enquanto fechava um dos olhos. 

A pistola não estava carregada então tudo o que pôde ser ouvido foi um "click" baixinho, ao seu lado Yuta deu uma risadinha baixa, fechando a caixa assim que a arma foi recolocada sobre as outras. 

─ Você quase jogou o cara no mar, esperava o que depois disso? ─ respondeu, cruzando os braços enquanto conferia o horário no relógio. ─ Quer que eu vá com você? 

─ Não, não precisa, chamei Donghyuck para vir comigo ─ respondeu, apalpando os bolsos para procurar a caixinha de cigarros, deixando um preso entre os dentes e rapidamente alcançando o isqueiro que Yuta o oferecia, acendendo o cigarro e o tragando. 

─ Hyuck? Eu pensei que Sowon tivesse colocado uma coleira nele ─ brincou. 

Taeyong não segurou a risada, soprando a fumaça pela boca e balançando a cabeça suavemente. Donghyuck tinha saído da máfia, mas a máfia nunca havia saído dele e, sendo um membro da família Lee, isso estaria preso a ele para o resto de sua vida. Embora o irmão não estivesse mais entre os membros oficiais, sempre que surgia alguma coisa extra era ele quem ia resolver, já que além de filho do chefe, também era alguém de confiança para todos na casa. 

─ Ele disse que avisou ela dessa vez ─  respondeu. ─ Da última vez, ele esqueceu de avisar e ela quase não deixou ele entrar em casa. 

Yuta riu mais uma vez, revirando os olhos sutilmente e dando de ombros, todo mundo sabia o quanto Sowon respeitava a família de Donghyuck e a posição na qual ela se encontrava, era compreensiva quanto ao trabalho, mas simplesmente odiava quando Hyuck resolvia fazer as coisas sem avisá-la, Taeyong se lembrava muito bem de ter ouvido a garota falar que tinha medo de um dia acordar e algo ruim ter acontecido. 

Taeyong suspirou, fechando os olhos ao sentir a fumaça encher seus pulmões e em seguida deixá-los, estava um pouco estressado e tenso e ele sabia que parte disso era por causa de Lana. 

Ainda estava confuso com a situação e com o que Lana parecia estar escondendo. 

─ Ei! ─ Taemin exclamou assim que entrou no local, dando um pequeno sorriso. ─ Tudo certo com a armas? 

─ Não é hoje que o Jinhwan vai morrer, infelizmente. ─ Taeyong respondeu, rindo fracamente ao ver o pai se aproximar. ─ Você falou com Jeno?

Taemin assentiu assim que passou por ele, conferindo todas as caixas e sorrindo ao ver estar realmente tudo certo por ali, por fim levantou o olhar para o filho mais velho. 

─ Tá tudo certo, sua mãe ficou um pouco chateada, mas você sabe que eles logo vão se resolver. 

─ Acha que Jeno está bem para ir comigo? Posso levar ele?

─ Claro ─ concordou, enfiando as mãos cobertas por tatuagem nos bolsos da calça. ─ Lana chegou ─ avisou. 

Taeyong tragou o cigarro profundamente ao ouvir o nome da namorada, fechando os olhos por mais um curto momento antes de jogar o cigarro no chão e pisar sobre ele, assentiu lentamente e com um breve aceno indicou que iria de encontro a garota.

NO MERCY, Lee Taeyong ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora