𝟎𝟕. information

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Taeyong caminhou em passos pesados pelo extenso corredor da mansão, ele podia sentir o sangue bombear quente, o coração acelerado e as mãos fechadas em punho. A expressão em seu rosto estava longe de ser uma das melhores e qualquer um poderia notar de longe sua irritação.

Seu punho bateu fortemente contra a porta de Ten, impaciente e irritado. Quando a madeira se arrastou, revelando o tailandês, Taeyong invadiu o quarto, a mão se fechando no colarinho da camisa do outro em um aperto firme.

─ Cadê a porra dos envelopes, Chittaphon?

Ten deixou seu rosto se contorcer em confusão, não tendo a menor ideia do porque Taeyong estava tão agressivo e do que ele falava.

─ Que envelope?

─ Não banque o sonso comigo, Chittaphon, você sabe muito bem do que eu tô falando.

Ten sentiu o aperto se tornar mais firme em sua camisa, a confusão em seu rosto permaneceu e ele buscou em sua mente alguma coisa que pudesse se relacionar ao que o Lee queria, mas não havia absolutamente nada que ele pudesse dizer.

─ Não sei que merda você tá falando, Taeyong.

Taeyong cutucou a bochecha com a língua, lentamente umedecendo os lábios enquanto empurrava Ten para trás, passando os dedos pelos fios de cabelo e os puxando, irritado com tudo aquilo. Ele soltou o ar pesadamente, encarando o outro em busca de qualquer sinal que indicasse uma mentira, mas Ten ainda estava confuso com o assunto e Taeyong o conhecia bem o suficiente para saber quando mentia, além disso, Ten era seu amigo antes mesmo de ser de Lana e se alguma coisa errada estivesse acontecendo e ele tivesse conhecimento, não esconderia isso.

Saindo do quarto ele caminhou até o de Renjun, abrindo a porta sem bater, o chinês acabava de vestir uma camisa e preparava para resolver o que Taemin havia pedido. A presença repentina de Taeyong o assustou.

─ Ei cara, eu já estava indo para...

─ Cadê os envelopes?

─ O quê?

─ Está com você, não é? É óbvio que Lana deixaria com você, é o único que encoberta ela na merda dessa casa ─ resmungou, mais para si do que para Renjun. ─ Cadê?

─ Não sei do que está falando, Taeyong.

Renjun manteve a postura, nem sequer se movendo diante o olhar intimidador de Taeyong. Ele encarou o Lee, sabendo perfeitamente bem do que falava, mas se recusava a dar o braço a torcer e trair Lana daquela forma. A garota tinha confiado nele e ele não quebraria isso, mesmo que Taeyong o mandasse para o Chain.

─ Se não se importa, eu tenho que resolver uns assuntos para o seu pai, então... ─ Ele deixou a frase morrer no ar, apontando para a porta e indicando que Taeyong saísse.

─ Eu tenho que te lembrar que sou quem manda aqui, Renjun? Tenho que te lembrar das regras e as consequências de esconder informações?

─ Não estou escondendo nada, Taeyong.

Renjun não esperou uma resposta, saindo do quarto enquanto prendia a arma na calça. Ele ouviu os passos de Taeyong atrás de si e de repente seu corpo foi empurrado contra a parede e ele se limitou a apenas encarar o Lee, que pressionava o gesso do braço quebrado contra o pescoço dele.

─ Eu não sei de nada, Taeyong!

─ Eu não sou burro, Huang. Onde tá a merda dos envelopes?

─ O quê vocês dois pensam que estão fazendo?

A voz de Saeron ecoou pelo corredor e ela encarou os dois garotos, que se mantiveram em silêncio. Taeyong se afastou do menor, umedecendo os lábios e balançando a cabeça.

NO MERCY, Lee Taeyong ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora