Taeyong apertou os dedos nos fios de cabelo, os puxando para trás enquanto seu pé batia impacientemente no chão e ele bufava a cada cinco segundos.
─ Você pode parar de agir feito uma criança de cinco anos? ─ Lana se virou para ele, levantando as sobrancelhas, um pouco irritada com a atitude infantil do namorado.
─ Não, eu não posso! ─ retrucou, encostado no batente da porta. Ele bufou mais uma vez, apalpando o bolso e puxando a caixinha de cigarros, com um pouco de dificuldade por conta do braço engessado, tirando um e levando aos lábios, apalpando o bolso mais uma vez apenas para pegar o isqueiro. ─ Por que eu não posso ir?
─ Você sabe porque!
─ Eu já disse que um braço quebrado não me impede de matar ninguém ─ afirmou, revirando os olhos e puxando a fumaça, soprando logo em seguida. ─ Não é nosso território, Lana, você não pode só entrar.
─ Confie em mim, Taeyong, vai dar certo, não é nada demais.
─ Claro que não ─ ironizou. ─ Você só tá indo pro território inimigo como se fosse comprar bala, não é mesmo nada demais.
Lana bufou, revirando os olhos e terminando de amarrar os cadarços das botas, endireitando a postura e se virando para o namorado.
─ Eu não vou ir sozinha, Taeyong. Seu pai colocou umas cinco pessoas pra me proteger, o que sinceramente me parece um pouco demais.
─ Você acha? Porque eu acho até pouca gente ─ respondeu. ─ Os caras são barra pesada, Lana, o que acha que vão fazer se virem alguém do NCT entrando no território deles? Você vai virar uma peneira de tanto tiro que vai receber. Não é seguro.
─ É meu antigo bairro, Taeyong, eu sei com o que estou lidando.
─ Não parece saber.
─ Mas sei! Eu não sou nova nisso e você sabe perfeitamente bem. Seu pai não me mandaria para lá se eu não pudesse lidar com isso.
─ Ele só está te mandando pra lá porque está desesperado, você sabe muito bem disso ─ retrucou, segurando o cigarro entre os dedos e gesticulando. ─ Não é uma boa ideia, Lana.
─ Isso pode salvar a sua irmã, Taeyong.
─ Nós somos a porra de uma máfia, uma das maiores do país, você acha mesmo que essa é a única alternativa que temos?
Nenhum dos dois percebeu quando os tons de voz começaram a se alterar e soar mais grosseiro que normal, todo o estresse acumulado que ambos tinham agora estavam descontando um no outro, tão distraído com a própria raiva, que não percebiam o que estavam fazendo.
─ Se você tem a droga de outra alternativa, por que não falou? Porque até então eu sou a única que levantou para tentar conseguir alguma coisa.
─ E você acha que a gente ficou sentado, só esperando a princesinha ir se entregar de bandeja pro inimigo? Pelo amor de Deus, Lana. Você está sendo insensata!
─ Eu sei a porra que eu tô fazendo, Taeyong! ─ Gesticulou. ─ Pelo amor de Deus, para de agir como se eu não soubesse de nada. Que saco! Eu sei o que estou fazendo, sei de todos os riscos, mas ainda acho uma alternativa muito melhor do que só ficar sentada e esperar, você não está nem me deixando tentar.
─ Deixar você tentar se matar? É óbvio que não vou deixar, Lana! Olha só a merda que você quer fazer ─ gritou, arregalando um pouco os olhos e a encarando. ─ Eu sou o vice do meu pai, Lana, eu estou em um cargo muito mais alto que o seu e estou dizendo que você não vai. Você tem que respeitar isso.
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NO MERCY, Lee Taeyong ✓
Fanfic𖥻 ' LEE'S SAGA ✿⃘ㅤ ──────── aquele em que Taeyong, filho do chefe da máfia, tenta manter sua família segura.