NO MERCY, Lee Taeyong ✓

𝟐𝟕. after all

ATENÇÃO: Há menção de ataque de pânico!

O dia seguinte parecia mais pesado que o anterior. Ainda havia um silêncio doloroso na casa e ninguém ali parecia ter sequer pregado os olhos durante a noite.

Lee Taeyong adentrou a casa lentamente, passando pela porta grande em passos lentos e cansados, sua cabeça doía e ele não sentia muita disposição. Acabara de voltar do enterro de Mina, sua melhor amiga, e o peso daquilo começa a lhe aparecer.

— Você precisa de alguma coisa, Tae? — Minhee perguntou, suavemente tocando o braço do Lee.

Taeyong a olhou, pensando por um momento e então negando com a cabeça, sentando-se no sofá grande da sala. A garota suspirou, preferindo não insistir, sabia que ele estava cansado e ficar em cima não ajudaria, então apenas se afastou junto de Jaehyun. O Lee se recostou suavemente, fechando os olhos por um momento e suspirando lentamente, havia um nó em sua garganta, mas sentia que não tinha mais nada para chorar.

— Querido... — A voz de Saeron atraiu sua atenção e ele abriu os olhos apenas para ver a mulher se acomodar ao seu lado com uma xícara de chá quente.

— Você foi ao Chain?

Saeron piscou devagar, negando com a cabeça.

— Ainda não, mas seu pai esteve lá pela manhã.

Tae assentiu, pensando que talvez pudesse conversar com o pai sobre aquilo mais tarde ou ele mesmo iria verificar o Chain. Saber que Rain Solji estava em suas mãos agora lhe trazia um pouco de satisfação e sua mente não parava um segundo sequer de trabalhar em todas as formas que o faria sofrer.

— Seoyun quer entrar para o NCT. — Saeron anunciou.

— Quer?

— Sim, ela conversou comigo pela manhã. Ten e ela estão realmente juntos e ela não tem mais ninguém além de Lana.

— Eu não sei como está a relação dela com a Lana, ainda não conversamos sobre isso — comentou, correndo os dedos pelos fios de cabelo, devagar tomando um pouco do chá da xícara que lhe foi entregue. — E o Neno?

— Ele estava dormindo quando o verifiquei, Kun disse que os remédios causam sono, mas que ele vai se recuperar logo. Ele está bem. Fisicamente falando.

Assentindo, Taeyong pressionou um pouco os olhos, então terminou o líquido quente, deixando a xícara sobre a mesinha de centro.

— Vocês precisam de ajuda com alguma coisa por agora? — perguntou suavemente.

— Não, meu bem, talvez você devesse conferir Lana e descansar um pouco. Seu pai e eu conseguimos cuidar de tudo.

Recebendo um leve selar em seu cabelo, Tae viu a mãe se distanciar e logo em seguida, decidiu que faria exatamente o que ela tinha sugerido. Precisava mesmo tentar descansar um pouco, sentia que sua mente já não trabalhava mais como deveria por conta do cansaço.

Ao entrar no quarto, viu Lana na cama, a garota estava acordada, um pouco pálida e parecia sonolenta, no entanto, ele foi capaz de ver quando os lábios dela se puxaram de forma suave em um pequeno e leve sorriso.