𝟏𝟔. strangely well

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─ Sim, é perfeito. ─ Taeyong confirmou para Yuta, balançando a cabeça suavemente e sorrindo ao devolver o revólver para a caixa. ─ Peça alguém para limpar e guardar tudo.

─ Sim, senhor, capitão ─ respondeu com humor, fechando a caixa de madeira e sorrindo fracamente.

Yuta encostou o quadril num montinho de duas caixas e cruzou os braços, inclinando um pouco a cabeça ao observar o amigo. Taeyong manteve o olhar distante enquanto acedia um cigarro e o levava aos lábios.

─ O que tá rolando?

─ Uh?

─ Você tá preocupado. ─ Yuta confirmou. ─ Eu conheço essa cara aí e não gosto nada do que vem depois.

─ Ah, não é nada ─ negou, balançando a cabeça devagar e soltando a fumaça. ─ Acho que a mãe da Lana está viva.

Yuta piscou confuso, inclinando um pouco a cabeça para o lado e franzindo o cenho.

─ O quê?

─ É, eu... Na verdade, a gente não tem certeza. Lembra do evento que a gente foi? A mulher do cara é de quem a gente desconfia, Lana jura que é a mãe dela e o mais bizarro é que achamos documentos que comprovam que a mulher assumiu outra identidade. Ten estava com a filha deles, eu pedi que ele trouxesse algo que desse para tentar um exame de DNA.

─ Lana já sabe disso?

─ Não. Vou esperar o resultado sair para falar com ela ─ respondeu, encolhendo os ombros. ─ Kun disse que me entrega ainda hoje.

─ Que loucura ─ resmungou. ─ Mas por que ela fingiria a morte desse jeito? E se ela quisesse se esconder não ficaria com alguém público, né?

─ Nada faz sentido agora, Yuta. Absolutamente nada.

O japonês balançou a cabeça devagar, umedecendo os lábios e desviando o olhar, seus pensamentos pareciam um pouco bagunçados e ele não tinha a menor ideia do que poderia fazer para ajudar.

─ Quer que eu fique de olho nela?

Taeyong pensou por um instante, soltando a fumaça pela boca lentamente, então deixou o cigarro cair no chão e o apagou com um pisada.

─ Não. Acho que ela não vai ser um problema. Pegar o Solji é mais importante agora.

─ Changnam estava mesmo o ajudando? Isso liga a família a ele, e consequentemente a mãe da Lana.

─ É, mas parece que Solji colocou as armas na cabeça do cara e ele foi obrigado a ajudar, meu pai já está cuidando disso. Vamos tirar todas as vantagens que Rain tem.

Yuta sorriu, assentindo positivamente para aquela ideia e acenou para Taeyong assim que o Lee indicou que se afastaria. Tae seguiu calmamente em direção a casa, sua cabeça estava um pouco cheia e uma dorzinha chata lhe tomava, mas ele ainda tinha tantas coisas para resolver que não conseguiria parar um segundo. Assim que entrou em casa e seguiu para a sala, viu Kibum sentando no sofá, parecia distraído com o celular, mas a expressão de chateamento era bem visível.

Ele sabia que a conversa de Kibum e Lana não tinha saído como esperava, e sabia que os dois não tinham se falado ainda.

─ Ei ─ falou baixo ao se sentar na poltrona. Kibum se limitou a levantar o olhar e sorrir fracamente antes de retornar a atenção para o aparelho em suas mãos. Taeyong notou o olhou roxo e os hematomas nos nós dos dedos. ─ O quê aconteceu com seu rosto?

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