Capítulo 09

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Cristian

Os dias haviam se passado e a sensação de que eu era um bobo não tinha diminuído nenhum pouco. Qual foi a minha primeira providência quando percebi que Betina não estava verdadeiramente interessada em mim? Liguei para a Suellem, aquela mesma mulher que só estava atrás do meu dinheiro. Ao menos ela me queria de alguma forma, mesmo que por interesse.

Quando foi que me tornei tão carente que precisava da atenção e do reconhecimento de alguma mulher? Por que não ser correspondido por Betina havia me irritado tanto? Ela nem era tão especial. Era bonita, e só; como se eu não tivesse saído com garotas ainda mais bonitas, mais sexys e bem mais dispostas.

Meu orgulho estava ferido, com certeza. E a melhor forma de esquecer um fora era provar a si mesmo que quem estava perdendo era ela e não eu. Além disso, quando foi que eu achei que ficar com a ex-noiva do meu irmão seria uma boa ideia? Eu tinha pensado com a cabeça errada...

— O que achou, gato? — Suellem surgiu do banheiro do motel com uma camisola preta transparente. Era possível ver claramente os bicos dos seus seios apontando diretamente para mim.

Eu havia enrolado bastante a Suellem antes de me permitir ter intimidade de verdade com ela. Costumava não me demorar nessas coisas, pois era ansioso para testar a química com a parceira, mas não sei porque eu estava relutante.

Como eu não respondi, a jovem morena se aproximou felinamente e tomou minha boca num beijo melado e demorado. Passei minhas mãos por seu corpo, percebendo as curvas bem trabalhadas.

— Cris, você é tão bonito. Quero te beijar todinho — Disse a mulher, com a voz macia. — Tira essa camisa, vamos.

E me ajudou a arrancar a camisa com uma precisão quase profissional. Suellem sentou-se no meu colo, com as pernas ao redor da minha cintura, tentando estimular uma parte de mim que ainda não havia despertado.

Mais beijos, mais carícias…

E Suellem ralhou, um pouco chateada por eu ainda não estar preparado para ela. A morena era insistente e se ajoelhou diante de mim, tentou abrir o zíper das minhas calças, mas eu a impedi.

— Eu estou cansado.

— Percebi — Respondeu, desconsolada. — Quer que eu dance para você? Tem um pole dance aqui. E talvez um pouco mais de champanhe ajude...

— Eu agradeço, querida. — Me levantei e beijei sua testa — Mas acho que vou tomar um banho. Fique à vontade para beber o que quiser, é por minha conta.

Minha parceira ficou chateada, não comigo, mas com ela mesma por não conseguir me levar para a cama. Eu deveria estar envergonhado, mas não estava. Como sentir vergonha quando estava furioso?

Maldita Betina! É uma bruxa de verdade e me jogou alguma praga! Patricinha do caramba, vou ficar nessa até quando?

Se apenas uma vez na cama com Betina tinha me transformado num tolo, termos terminado antes mesmo de começar foi realmente a melhor coisa que poderia me acontecer. Ela tinha potencial para me transformar num desses homens que seguem a mulher por todo o lado, como um cachorrinho. Eu não tinha vocação para isso. Além do que, não queria ser o substituto de alguém.

Fui para a banheira de hidromassagem e tentei relaxar na água quente. Eu só precisava de tempo para voltar a ser eu mesmo.

No dia seguinte, eu fui para a RCS com o firme propósito de me lançar ainda mais profundamente nos negócios da empresa. Se a vida amorosa não estava como eu esperava, então ia colocar toda a minha energia nos negócios. Eu vinha buscando o posto de presidente do grupo desde que meu irmão saiu voluntariamente da vaga, mas meu pai ainda me via apenas como um garoto. Aos poucos eu iria conquistar a sua confiança. Robert Servantes era muito bom com números, mas eu era excelente com estratégias de marketing. Os supermercados estavam faturando muito mais desde que tomei essa missão para mim.

INABALAVEL: Me Rendendo ao Ex-cunhado Onde histórias criam vida. Descubra agora