Capítulo 28

1.7K 175 8
                                    

Cristian

Eu sabia que essa hora já estava para chegar, mas quando aconteceu eu congelei.
Trícia, que estava na sala, entendeu de imediato o que tinha acontecido e pegou a mochila dela.

— Eu dirijo. Vamos no seu carro? — Perguntou Trícia.

— Você não! — Escutei Betina falar para Tricia, enquanto se contorcia de dor.

— Você é quem sabe Tina, mas eu posso dirigir enquanto o Cristian vai no banco de trás com você. Mas se prefere ir sozinha... — Trícia falou, sem se abalar.

Betina apenas concordou com a cabeça enquanto eu a conduzia para o carro. A outra mulher tirou uma toalha da mochila e deu para a gestante sentar-se em cima.

Saímos apressadamente para a maternidade. A cada curva ou buraco que o carro passava, eu via Betina ranger os dentes.

— Calma, respira devagar. — Eu dizia, enquanto a deixava segurar minha mão, apertando-a.

Quando chegamos ao hospital as coisas se desenrolaram muito rapidamente. Logo estávamos na sala de parto; Betina foi cercada pela equipe da maternidade e eu via seu rosto vermelho pelo esforço. Permaneci ao seu lado desejando aliviar aquele momento, mas só pude incentivá-la a se manter firme.

E finalmente o Tobias nasceu.

O bebê mais bonito do mundo veio berrando e mostrando quem mandava.

A enfermeira colocou o recém-nascido ao lado da mãe e me pediu o celular para bater uma foto nossa. Betina estava exausta, mas feliz.

— Nosso filho nasceu. — Beijei a testa da garota loira que acabara de dar à luz.

— Ele parece com você, Cris. Olha a boquinha. — Ela comentou.

— Mas os olhos são como os seus, com certeza. — Eu ri. — Tem um pouquinho de cada um para ninguém ficar triste.

Na sequência mãe e filho foram encaminhados a sala de recuperação e eu não pude ficar com eles.

Enquanto aguardava que eles fossem encaminhados ao quarto, comecei a ligar para os familiares para contar a boa nova. Expus a novidade para o Valdeci Santoro, também agradeci Tricia pela ajuda, mas a conversa mais longa foi com minha mãe, Ofélia Servantes.

— Oi Cristian, meu príncipe. Depois que você mudou para a Mansão Toledo quase não nos falamos mais. Tem me evitado?

— Claro que não, mãe! Muita coisa tem acontecido e eu precisei ficar sozinho para colocar a cabeça no lugar. — E continuei. — E sim, tenho novidades: seu neto nasceu!

Gritinhos felizes ressoavam do outro lado da linha. Ouvi minha mãe chamar meu pai, a governanta e quem mais estivesse na casa para dar as boas novas. Depois me fez mil perguntas sobre o parto e sobre o horário de visitação.

— Meu primeiro neto! — Ela indagou, visivelmente emocionada. — Eu nem tive tempo de entregar o presente que comprei. Deve ser uma gracinha.

— Sim. Betina disse que ele se parece comigo. — Comentei, envaidecido.

— Como está se sentindo? — Perguntou. — Sempre que tentava falar desse assunto, você desconversava, meu filhote. Qual a sensação de ser pai?

— Eu estou mais contente do que poderia imaginar. Ansioso para que venham logo para o quarto para pegá-lo no colo. Quando eu soube da gravidez da Betina, parecia algo distante e o primeiro baque foi quando a encontrei com aquele barrigão.

— Pena que não a vi gestante. — Lamentou.

— E agora, quando o bebê nasceu e eu pude ver o rostinho dele… Confesso que me emocionei, minha mãe. É sempre assim?

INABALAVEL: Me Rendendo ao Ex-cunhado Onde histórias criam vida. Descubra agora