Capítulo 18

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Betina

Os hormônios de grávida são mesmo uma droga. Traidores!

Se não fossem por eles, aposto que eu não estaria cedendo tão facilmente. Desde que vi o Cristian na loja, meu coração bate descompassado no peito. Tobias não para de me chutar por causa de todo o reboliço dentro de mim. Mas eu tentei me manter plena. Sem sucesso!

Cristian me seguiu até minha casa e eu estava com tantas emoções à flor da pele. Por um lado feliz, por saber que ele me procurava com afinco e ao mesmo tempo triste, pois estava realmente feliz naquela nova vida em Caconde.

Então Cristian me beijou novamente. Em menos de meia hora ele conseguiu me envolver nos braços duas vezes e eu fui incapaz de afastá-lo.

Eu não lembrava que a boca dele era tão deliciosa, o hálito tão fresco e sua pegada tão competente. Meu corpo parecia ter sentido saudades do contato com aquele homem que agora me envolvia de um jeito tão acolhedor que eu não queria me descolar.

— Nunca fiz amor com uma grávida. Estou louco para saber como é.

Suas palavras deveriam me pôr em alerta, mas surtiram o efeito contrário: me peguei desejando realmente que ele fizesse amor comigo, de todos os jeitos que eram possíveis com uma mulher grávida de oito meses.

Quando Cristian percebeu que eu não protestei, ele continuou a me beijar, tornando-se cada vez mais exigente.

Que mal tinha em ficar novamente com o Cristian? Eu já estava grávida dele mesmo, não tinha como ficar pior, além do que, a culpa não era minha; era impossível controlar aquele desejo insano que estava tomando conta de mim. Uma pontada na minha parte mais íntima que mostrava o quanto eu o queria em mim.

Um fogo me consumia e parei de raciocinar direito. Comecei a abrir os botões da sua camisa, um por um, enquanto passava a língua pelo tórax liso. O gosto era bom, ele estava tão limpo e cheiroso que eu tinha vontade de mordê-lo por inteiro.

Quando ele fez menção de tirar minha blusa eu o impedi.

— Apague a luz.  — Pedi.

— Não dessa vez. Quero ver você, Betina. E quero que me veja.

— Eu estou com essa barriga enorme, estou gorda e...

Cristian colocou o dedo na minha boca, e eu parei de falar.

— Você está perfeita. Mais linda do que nunca. Olha como só como estou. — Levou minha mão até suas calças e eu o senti rígido e firme. Então ele tirou minha camisa com cuidado e eu fiquei apenas de sutiã — Veja como eles estão lindos. Estão ainda maiores e eu fico louco só de olhar. — Passou a mão pelo meu quadril — Aqui também cresceu. A gravidez só te fez melhor.

Suas palavras inflamaram meu ego. Eu senti que havia sinceridade na sua fala e no seu olhar, não havia me dito aquilo apenas para agradar, ele realmente me achava atraente do jeito que eu estava. Nunca achei que gestantes pudessem ser atraentes e eis-me aqui com esse macho bonito, nu da cintura para cima, ansioso pelos prazeres que eu seria capaz de lhe dar.

Ele voltou a me beijar, e enquanto o fazia alcançava o fecho do sutiã. Quando meus seios ficaram livres, Cristian os olhou com o rosto em brasa; os olhos brilhavam. Passou as mãos por eles, apertando-os e enroscando os dedos nos bicos escurecidos até que ficassem mais empinados.

Gemi quando ele mordeu o lóbulo da minha orelha.

Desprendendo nossos corpos, eu me virei de costas e ele me abraçou. Os lábios quentes alcançaram minha orelha e desceram pela linha do meu pescoço. Seinti sua masculinidade batendo nas minhas costas e achei uma delícia ficar naquela posição, sendo abraçada e ao mesmo tempo acariciada.

— Não dá para ficar em pé por muito tempo. — Cristian diz, eu aponto o sofá e ele negou com a cabeça. — Não vai ser confortável para você ali. Onde fica o quarto?

Eu aponto para a porta à esquerda e ele sai na frente, procurando o interruptor. Eu não queria que ele visse a cama desforrada e a penteadeira desorganizada, mas Cristian não pareceu ligar. Me sentei na cama e ele ficou parado na minha frente.

Cristian tirou o resto da roupa e eu segurei o fôlego. Como ele era bonito. Os músculos não eram exagerados, mas ainda sim torneados na medida certa e eu não sabia para qual parte olhar, pois tudo parecia bom demais.

Ainda sentada eu alcancei sua barriga e a beijei levemente. Minha boca desceu mais um pouco, quase alcançando seu membro rígido e pulsante, mas eu ainda não estava preparada para aquilo. Levantei a cabeça e sorri para ele.

Cristian sorriu de volta, se curvou sobre mim e tomou meus lábios mais uma vez, enquanto me deitava com cuidado na cama. Sua mão alcançou meu ponto mais íntimo e o esfregava com movimentos rápidos e ao mesmo tempo delicados, que me faziam trançar as pernas com vontade de tê-lo ali. Eu já estava muito úmida.

— Não demore mais, eu quero você Cris...

— Eu só não quero machucar você e o bebê. — Deitou-se de lado, atrás de mim, e ficamos de conchinha — Eu vou devagar e se você estiver desconfortável tentamos de outro jeito.

Cristian cheirou meus cabelos e pousou a mão sobre meu quadril e deslizou-se lentamente para dentro de mim. Então começamos a nos mover com cuidado de um jeito gostoso, mas logo estávamos ávidos por mais velocidade. Como ele temia me machucar, eu mesma comecei a rebolar mais rápido e Cristian percebeu que poderia avançar um pouco mais. O som do nosso sexo molhado ecoou...

— Eu já gozei — Avisou.

— Mas não para, Cristian. Não para!

Cristian continuou naquele ritmo de vai e vem até que eu gritei algo e ele entendeu que eu também tinha chegado ao meu melhor.

Ficamos deitados assim, por um longo tempo antes que tivéssemos coragem de nos levantar. Eu fiquei em silêncio, tentando entender como eu tinha sido arrebatada de forma tão intensa.

Seria difícil impor o que eu queria se toda vez que Cristian me tocasse eu ficasse tão fora de mim.

INABALAVEL: Me Rendendo ao Ex-cunhado Onde histórias criam vida. Descubra agora