Ellentya, a irmã mais nova de quatro filhas de um mercador falido. Negligenciada pelos pais ao nascer, Ellentya foi criada pelas irmãs mais velhas com todo amor, carinho e proteção do mundo. Mesmo quando a pobreza assolou sua família e Ellentya viu...
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Maratona 2/7
Rhysand não se recordava de muita coisa além de está voando com Ellentya para um novo vilarejo quando foram atacados, então flechas e criaturas que nunca tinha visto na sua vida surgindo.
Ele olhou para os lados, não tinha ideia de onde estava, não quando não sentia frio ou calor, cheiro ou via nada além de um vazio existencial. Ele sabia que não tinha morrido apenas porque podia ser aquele laço, sentindo o outro lado puxando-o com tanta afinca e medo, sentido Ellentya não o deixando partir de vez.
Talvez Rhysand estivesse em algum tipo de ponte entre a morte e a vida. Ellentya havia ficado em um lugar parecido quando Amarantha quebrou seu pescoço? Os pelos de sua nuca arrepiaram, fazendo com que o Grão-Senhor fechasse as mãos em punhos, os olhos atentos, buscando qualquer sinal de ameaça, mesmo acreditando que só encontraria vazio e mais vazio ali.
— Rhys?
Aquela voz.... seu corpo entrou em paralisia, seus joelhos ameaçaram ceder quando o peso se tornou insuportável. Ele respirou fundo, não poderia ser quem estava pensando, não poderia escutar aquela voz ali. A voz de uma das suas irmãs..... Rhanyssa, não poderia ser ela. Rhysand virou o corpo lentamente para onde a voz vinha, os olhos grandes e atordoados, assim como sua respiração. Não.... Não só Rhanyssa estava ali, mas sua outra irmã, Violet. Suas irmãs estavam ali, os olhos iguais aos seus encaravam com tanta emoção quanto os dele. Foi rápido, rápido demais quando as duas fêmeas se atiraram contra o irmão, com força suficiente para quase derrubá-lo.
Rhysand estava anestesiaado, sua mente girando para varios eixos diferentes. Ele conseguia sentir as irmãs, conseguia sentir o toque frio e forte delas contra seu corpo. Um fôlego escapou, e suas mãos desesperadas foram de encontro a elas, apertando-as uma tentativa de provar se aquela sensação era mesmo real. E quando conseguiu.... Rhysand quase soltou-se da amarra desesperada de Ellentya, apenas para permanecer ali para sempre com suas irmãs.
— Com... como vocês estão aqui?– seus olhos lacrimejavam ao se afastar, mas seus dedos ainda entrelaçados aos delas, como se tivesse medo de soltar e sumirem para sempre– Ond...onde está a mamãe?
Seus olhos buscam por mais uma figura feminina naquele vazio, mas nada, existe apenas eles três ali. Rhysand respirou fundo, em uma tentativa de fazer as mãos pararem de tremer, tirando um tempo para decorar os detalhes de Rhanyssa e Violet, quando percebeu que após 200 após, a lembrança de suas irmãs ja não eram mais claras em sua mente. Havia quase esquecido como era os exatos tons de suas vozes, ou como elas transmitiam um espírito selvagem e alegre nos movimentos e olhos, ou como os três eram tão parecidos, quase gêmeos de não fosse a diferença de 123 anos com Rhanyssa e 234 anod com Violet.
— Dona Aisha está garantin...
— Meu filho– quando Rhysand virou-se encontrou a illyriana de olhos castanhos tão bonitos e calorosos que costumava cantar para ele antes de dormir, que voava por horas pelo céus de Velaris com ele. Aisha ja estava chorando quando abraçou o filho, que em algum momento se tornara muito mais alto que ela. Ela mapeou o rosto do macho com as mãos e então os braços e olhou duas vezes antes voltar atenção para os olhos violetas que herdará do seu parceiro, a fêmea sorria em meio ao choro– Você cresceu tanto, está tão bonito meu filho!
