Ellentya, a irmã mais nova de quatro filhas de um mercador falido. Negligenciada pelos pais ao nascer, Ellentya foi criada pelas irmãs mais velhas com todo amor, carinho e proteção do mundo. Mesmo quando a pobreza assolou sua família e Ellentya viu...
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Deitada de bruços, Ellentya tentava se concentrar nos estudo sobre política, se aprofundo mais no assunto para que pudesse ajudar mais Rhysand nos assuntos da Corte e lidar com o novo título que ganhara após encontrar Adhara. Desde pequena Elain vivia falando que Ellentya seria uma rainha, não era algo pressionado, apenas alguma certeza maluca dela, às vezes, a jovem e doce Archeron costumavamos brincar de nomear Elle Grã-Senhora. Mesmo achando bobagem, sonhos distantes da realidade que viviam, começara a aprender sobre como funcionava um reino, mesmo que na biblioteca do pobre vilarejo tivesse pouco acesso aos livros que tratavam de política, histórias, contabilidade, joguetes de reinos. Mas quando a riqueza da família voltara e Ellentya não estava em busca de salvar Feyre, havia contratado alguém para ensinar-lhes melhor as coisas, queria ter controle sobre a casa e as contas, tinha medo que Lionel perdesse tudo novamente.
Mas ali, Ellentya tinha começado a perguntar se sua irmã sempre esteve certa, se seu destino estava ligado ao reino feérico e as grandezas deles desde que nascerá. Ela tentou não pensar, não quando forçou-se a ler o que estava escrito no livro, mas sem sucesso quando se remexeu na cama, guardando os livros e encarar o teto. As sombras estavam agitadas e algo apertava seu peito, um pressentimento de que algo estava errado.
Velaris estava segura, nada acontecia nada no palácio também. Não tinha ninguém na casa além dela e Rhys; Ayla tinha partido para o Rita's afim de aproveitar a noite, Amren estava em seu apartamento e Feyre tinha sido arrastada por algum lugar com uma nova amiga que fizera no Quarteirão dos Artistas. Ellentya também sabia que Cassian, Azriel e Morrigan deveriam está descansado para se preparar, ja que, em horas partiriam para Corte dos Pesadelos.
Ellentya chutou o cobertor, procurando alguma maneira de aliviar aquela sensação em todo seu corpo, mas então a casa soltou um gemido, como se a própria madeira estivesse sendo dobrada, a casa começou a gemer e a estremecer; as lâmpadas de vidro colorido em seu quarto tilintaram. Ellentya se sentou, sobressaltada, virando-se para a janela aberta.
Céus limpos, nada...
Nada além de escuridão entrando em seu quarto pela porta do corredor e suas sombras responderam a ela. Conhecia aquela escuridão. Uma semente vivia dentro de si. Ela escorria para dentro pelas rachaduras na porta, como uma enchente. A casa estremeceu de novo. Ellentya sentiu a respiração se tornar mais pesada, os membros começaram a formigar.
Rhysand, ele está tendo um pesadelo.
As sombras sussurram. Ellentya não esperou mais nenhum minuto, andando em passos rápidos até sair do quarto, a escuridão passando por ela em um vento fantasma, cheia de estrelas e bater de asas e... dor. Tanta dor,e desespero, e culpa, e medo. Ellentya disparou para o corredor, completamente cega na escuridão impenetrável. Mas havia um fio entre eles, o laço de parceria, e ela o seguiu até onde sabia que o quarto Rhysand ficava.
Ellentya sentiu o ar faltar nos pulmões, aquela sensação de algo errado crescendo a cada passo, suas sombras passaram pela porta primeiro. Ellentya procurou a maçaneta, então..... Mais noite e estrelas e vento saíram, seus cabelos voavam ao seu redor, ela precisou erguer um braço para proteger o rosto quando entrou de vez no quarto. Seu coração gritava quando caminhou pela escuridão até a beira da cama, onde conseguiu escutar um grunhido de Rhysand que era sufocado por seu poder, então ele se contorcendo na cama, o rosto preso na mais pura expressão de angústia enquanto se debatia, as sombras de Ellentya envolta dele, como se pudessem puxa-lo para fora do pesadelo também.