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Maratona 5/?

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Maratona 5/?


Ellentya encarou a inclinação íngreme e gramada da pequena  montanha, estremecendo diante dos véus de névoa que fluíam por nós. Atrás, a terra era varrida por penhascos  abruptos e um mar cinzento violento. Adiante, nada além de  uma montanha extensa, de topo plano, com pedras cinzentas
e musgo. Velaris estava vibrante, ensolarada quando saieam, mas aquele lugar,  onde quer que fosse, estava gelado, deserto, estéril. Apenas
rocha e vidro e névoa e mar.

— Onde estamos?

— Em uma ilha no coração das ilhas Oeste– respondeu Rhysand, encarando a montanha gigantesca— e aquilo é a Prisão.

— Não vejo nada.

— A rocha é a Prisão. E dentro dela estão as criaturas e  os criminosos mais desprezíveis e perigosos que pode imaginar.

Entrar; entrar na rocha, sob outra montanha..... as sombras se tornaram mais espessa ao lado de Ellentya, sussurando que ali não era Sob a Montanha. Rhys deu o primeiro passo, mas ela simplesmente travou, pânico, medo de está presa sobre outra montanha. As memórias atingiram com força e Ellentya sobresaltou quando sentiu um toque em seu braço, ela piscou, colocado a mão no peito, odiado aquele sentimento. Ela engoliu em seco quando Rhys colocou-se em sua frente, segurado o rosto dela entre as grandes mãos.

— Eu... eu posso fazer isso, sou mais forte, mais resistente– ela não sabia dizer se era para si mesma ou para Rhys aquelas palavras, mas ela repitiu mentalmente que tinha vencido, tinha saído de uma montanha, mesmo que não da mesma maneira que entrou, mas tinha saído e ela sairia daquela também. Ela tentou respirar, mas não conseguia, e odiava tanto, profundamente, como tudo parecia disparar pânico por seu corpo. Amarantha havia feito um trabalho bom, bom o suficiente para marcar Ellentya pelo resto da vida, talvez, ela pensou.–

— Nós escapamos, todos escapamos. E vai acontecer de novo ao entrarmos aqui– ele encostou a testa na dela, as respirações unificadas enquanto aqueles olhos acizentados e violetas se encontravam. Rhys acenou, um aviso que não era apenas ela, não era apenas Elle com medo de não sair novamente de outra montanha. Ele tinha passado mais tempo, quase 50 anos embaixo de uma e mesmo assim Rhys estava disposto a enfrentar aquele medo se significasse proteger sua família– eu estarei ao seu lado a todo momento.

— E eu ao seu– ela sussurou, ambos permaneceram ali, com as testas unidas e em silêncio por mais um minuto, deixado aquelas palavras penetrem e se firmarem. Ellentya se afatou segurando a mão de Rhys, o mesmo sorriu fraco antes de a conduzi-la para cima–

Portões pálidos, escavados, estavam no lugar, tão altos que o topo parecia perdido em meio à névoa. Portões de ossos. Os portões de ossos se abriram silenciosamente, revelando uma caverna de um preto tão semelhante ao nanquim como Ellentya nunca tinha visto, nem mesmo Sob a Montanha. Ela segurou a mão de Rhysand com mais força. Eles tinha saído de uma. Eles também sairiam daquela, em menos tempo. 

Cursed Stars | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ Onde histórias criam vida. Descubra agora