Ellentya, a irmã mais nova de quatro filhas de um mercador falido. Negligenciada pelos pais ao nascer, Ellentya foi criada pelas irmãs mais velhas com todo amor, carinho e proteção do mundo. Mesmo quando a pobreza assolou sua família e Ellentya viu...
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Maratona 6/7
O Attor era dela.
Ellentya viu o Attor de novo, desviando para o mar, na direção de Hybern, ainda sobre a cidade. Ela atravessou, projetando sua consciência na direção dele como uma rede, perfurando de uma mente para a outra, usando o fio como uma corda, se guiando pelo tempo e pela distância e pelo vento... Ela mirou no borrão oleoso da malícia da criatura, localizando seu próprio ser, sua concentração, no centro dele.
Attor era um farol de corrupção e imundície. Quando a Grã-Senhora emergiu do vento e das sombras, estava logo acima dele, que gritou, e suas asas se curvaram quando ela se chocou contra ele. Quando Ellentya mergulhou aquelas flechas envenenadas em cada asa, bem no músculo principal. O Attor arqueou de dor, e a língua bifurcada partiu o ar entre eles. A cidade era um borrão abaixo, o Sidra, um mero córrego àquela altura. Em um segundo, Ellentya se enroscou no Attor. Virando uma chama viva que queimava tudo que tocava, se tornou tão indestrutível quanto a parede adamantina em sua mente. Gritando, o Attor se debateu contra ela, mas as asas, com aquelas flechas, presas nas mãos dela... Queda livre. Direto para o mundo. Para sangue e dor. O vento os agredia.
O Attor não conseguia se desvencilhar do toque incandescente. Ou das flechas envenenadas que espetavam suas asas. Aleijando-o. A pele em chamas do Attor fazia o nariz de Ellentya arder. Conforme caiam, sua mão encontrou a adaga, ela inclinou o punhal sobre a caixa torácica ossuda e alongado do Attor.
— Isso é por Feyre– rosnou. A reverberação do aço sobre osso ressoou em suq mão. Sangue prateado aqueceu seus dedos. O Attor gritou. Arrancando a adaga, e sangue jorrou para cima, sujando ainda mais seu rosto– Isso é por Rhysand.
Mergulhou a lâmina de novo, girando-a. Já se podiam ver os vultos dos prédios. O Sidra corria vermelho.
— Isso é por Clare!
O Attor gritava e sibilava, xingava e suplicava, quando Ellentya arranquiou lâmina. O chão crescia ao seu encontro. O Attor estava se contorcendo tão violentamente que Ellentya fez o possível para mantê-lo em suas mãos quentes como forjas. Pele incandescente se soltou, voando acima de nós.
— E isso — sibilei, me aproximando para dizer aq palavras ao ouvido do Attor, para sua alma pútrida. Deslizando a adaga uma quarta vez, se deliciando com ossos e carne se rasgando.— Isso é por mim. Vejo você no inferno.
Sussurou, deixando a lâmina na lateral do corpo dele antes de atravessar, sendo pega por uma daqueles lobos de escuridão. Ellentya ainda ofegava, se recuperando para avançar novamente contra seus inimigos quando escutou os rugidos, quando poderes explodiram em diferentes pontos da cidade, tão forte que a fez estremecer, fez as montanhas estremecerem. Ela soubou tinha acontecido algo muito, muito ruim. Mas foi quando Amenadiel pousou ao seu lado em um estrondo, cheio de sangue e olhos levemente arregalados que ela soube.
