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Durante aqueles meses na Primaveril Ellentya não tinha se permitido imaginar: o momento que novamente estaria de pé no saguão revestido de painéis de madeira da casa na cidade

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Durante aqueles meses na Primaveril Ellentya não tinha se permitido imaginar: o momento que novamente estaria de pé no saguão revestido de painéis de madeira da casa na cidade. Quando ouviria o canto das gaivotas voando alto acima de Velaris, sentiria a maresia do rio Sidra, que entrecortava o coração da cidade, sentiria o calor da luz do sol entrando pelas janelas às costas. Ellentya tinha se privado daquilo quando não fazia ideia de quanto demoraria para finalizar seu plano, do quanto se permitir sentir a verdadeira saudade a afetaria.

Ellentya apertou a mão de Lucien quando seus joelhos pareciam prestes a falhar. Casa. Ela estava finalmente de volta a sua casa, ao sua cidade e Corte. O sorriso que abriu em seus lábios podia iluminar o mundo, chegando nas orelhas quando deu um passo em direção aos amigos, a sua família, que pareciam tão estáticos quanto eles dois, mas foi Feyre que saltou do sofá e correu, se atirando contra Lucien com tanta força que o macho precisou da dois passos para recurar o equilíbrio.

— Claro, claro que sua irmã mais bela e favorita que passou seis meses longe de você é menos importante que um ruivo calho, não estou ofendida Feyre Archeron— resmungou com uma falsa ofensa, sua irmã a olhou com diversão mas antes que pudesse abraçá-la Moon fez com tanta força que Ellentya sentiu-se esmagada da melhor maneira possível— onde estão os outros?– perguntou ao se afastar, buscando os outros guardiões pela sala–

— Eros está resolvendo aquele assunto, Demetria e Aegon estão na missão dos palácios que pediu– ela assentiu sabendo que logo eles estariam em casa, porque logo a notícias das suas armações e volta se espalhariam–  deveriamos dar uma festa de três dias e três nos em comemoração a volta da Grã-Senhora, se Adhara ja estivesse reerguida a fariamos uma enorme festa para rainha– Moon bateu palmas com aquele sotaque que Ellentya tanto sentira falta– Oh sim! Diga que podemos preparar uma festa gigantesca?

— Não parece uma ideia ruim– riu antes de se virar para a voz do guerreiro que falara, Cassian, com Azriel ao seu lado–

Ellentya os olhou de cima a baixo, cautelosamente, principalmente pelas asas que estavam inteiras e curas totalmente. Bem, eles estavam bem e curados. Ela sentiu as lágrimas novamente, mas daquela fez foram de felicidade por saber que estavam curados e bem. Ellentya riu quando foi erguida do chão por Cass, deixado que esmagasse no melhor abraço do mundo que ele tinha antes de ir até Azriel.

— Oi, sombrinha– sua garganta se apertou até quase doer, e ela envolveu seu pescoço em um abraço mais forte– Senti sua falta também– murmurou Az, a apertando–

Ellentya se virou e viu Amren emergindo de onde quer que estivesse sentada no outro cômodo, a mobília estofada lhe escondia o pequeno corpo. Amren estava exatamente como da última vez que a vira: de pé naquele mesmo saguão, os avisando para tomar cuidado em Hybern. Os cabelos de um preto intenso na altura do queixo reluziam sob o sol, os olhos prateados, sobrenaturais, pareciam incomumente brilhantes quando encararam os da Archeron. A delicada fêmea fez uma reverência com a cabeça. O maior gesto de obediência que uma criatura de 15 mil anos faria a uma Grã-Senhora.

Cursed Stars | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ Onde histórias criam vida. Descubra agora