Ellentya, a irmã mais nova de quatro filhas de um mercador falido. Negligenciada pelos pais ao nascer, Ellentya foi criada pelas irmãs mais velhas com todo amor, carinho e proteção do mundo. Mesmo quando a pobreza assolou sua família e Ellentya viu...
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Maratona 6/?
Ellentya não descera para o almoço ou jantar, não deixara ninguém entrar em seu quarto também, nem mesmo Ayla ou Feyre. A fêmea permaneceu deitada na imensa cama, encarando o teto enquanto controlava sua respiração e acalmava aquele sensação de formigamento sobre a pele, o poder que estava empreguinado em cada poro do seu ser, enlaçado a sua alma.
Sua cabeça parecia que explodiria a qualquer instante, o que tinha confessado ao Entalhador de Ossos e Rhys escutara, o que ele falara sobre descobrir algo sobre seu passado e como aquele gato branco era um guardião, e, como se tudo aquilo não tivesse sido o suficiente, para tirar cada gota de paz Amren a comparara com Tamlin, com o mesmo macho que tinha trancafiado ela e sua amiga e sua irmã. Ellentya conseguia engolir certa coisas, mas nunca aquela, nunca por querer proteger sua irmãs da ideia absurda de invadir suas mentes para obrigá-las a algo, como Amren havia proposto com tanta facilidade, como se não fosse nada.
— Posso ver a fumaça sair da sua cabeça, meu bem– a voz poderosa e sensual de Rhys preencheu o cômodo, Ellentya sabia que ele estava ali algum tempo, sentiu, mas não falou nada na esperança dele apenas ir embora–
— Se veio me expulsar da Corte por bater na sua Imediata...
— Não fale asneiras querida, não expulsaria você nem mesmo se batesse na minha cara– cortou-a antes que pudesse terminar de falar, os lábios de Ellentya se curvaram suavemente e então deitou a cabeça para encontrar Rhysand encostado na parede–
— Você pediria por mais– não foi uma pergunta, mas Rhys sorriu e disse:
— Achei que ja tinha ficado óbvio– piscou, fazendo ela revirar os olhos. Rhysand desgrudou da parede, caminhando até a ponta da cama e se sentado– sinto muito pelo que Amren falou, você não é igual ele em nenhum sentido e nunca chegara perto de algo parecido.
— Não é você quem precisa se desculpar, mas ja percebi que aquela monstrinha não pediria por se achar a dona da razão também– disse se sentando no meio da imensa cama macia–
— Amren é complicada. Eu só vim aqui para te pedir desculpas, dizer que aquela ideia absurda de invadir a mente das suas irmãs para nos ajudar está totalmente fora de cogitação.
— Quer um obrigado por isso?– ele riu–
— Não, só quero que sabia que entendo sua preocupação com sua família do outro lado, o medo de algo acontecer. Aqueles idiotas que chamo de família tem mais de 500 anos e mesmo, ja passaram por todo tipo de situação até mesmo duas guerras e mesmo assim não deixo de me preocupar, eles sendo imortais, quem diria se fossem mortais.
— Podemos conversar com elas– mesmo que não se sentisse preparada para encarar suas irmãs, de voltar as terras humanos, ao mesmo tempo que estava ansiosa também– mas se disserem não é não.
