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Maratona 4/7

Rhysand abriu lentamente os olhos pesados, cerrando-os ao pelo feixe de luz que entrava pela janela e atingia seu rosto. Sua mão no abdômen de Ellentya puxou-a para mais perto, colocado-a contra seu peito, como se tivesse medo dela escapar entre seus dedos a qualquer momento. Rhysand às vezes se autosabotava, acordando durante aqueles intervelos de sonos com receio de ser apenas uma sonho e quando dispertasse Elle não estaria lá. Tudo que era bom em sua vida era tão constantemente tirado dele.... Rhys estava tão acostumado a perder que, provavelmente, demoraria a se acostumar com a ideia de que tinha sua parceira ao seu lado, que ela não tinha fugido com a ideia de ficar acorrentada a ele, com ameaças constantes em suas costas em seus futuros filhos. Ellentya tinha decidido ficar, lutar contra tudo que pudesse surgir no caminho deles.

O rosto do Grão-Senhor se enterrou no pescoço de Ellentya, sentido seu cheiro. Ele olhou para o quarto com cobertas e almofadas espalhadas por todo lugar, roupas que eles inutilmente tentava vestiam antes de tirarem, atirando em algum lugar antes de voltarem a transarem. Os últimos dias tinham sido aquilo, mal podiam se olhar por muito tempo sem avançarem um no outro, dormindo em intervalos curtos de um ou duas horas, comendo quando estavam exaustos suficiente para não deslizarem pela mesa para se tocarem.

Sabia que a  frenesi podia os deixar daquela maneira, insaciáveis, mas Ellentya e ele.... parecia algo fora do normal, pareciam muito mais famintos um pelo outro, às vezes ele não sabia quem avançava primeiro ou quem era mais insaciável.

— Me sinto como uma presa sendo sondada pelo caçador– a voz sonolenta de Ellentya fez Rhys olha-la deitada sobre seu peito. Linda, tão linda quanto era apenas dele. A risada de Rhysand saiu rouca, ele se moveu o dedo, tirando a mecha de cabelo que recaia no rosto dela antes de deixar um beijo em seus lábios– no que estava pensando?

— Que sou o macho mais sortudo desse mundo por ter a fêmea mais linda, inteligente, corajosa, destemida e um pouco louca ao meu lado– ela sorriu preguiçosa–

— Realmente você é sortudo– outra risada, mais alta e contagiante fazendo Ellentya admirar, porque havia luz naqueles olhos violeta, a alegria silenciosa... Elas a deixaram sem fôlego. Um futuro... teríamos um futuro juntos. Ela teria um futuro. Uma vida. O sorriso de Rhys se dissolveu em algo espantado, algo... reverente, Ellentya estendeu a mão para segurar seu rosto... Então, ela vou que sua pele brilhava. Levemente, como se alguma luz interior brilhasse sob sua pele, escorrendo para o mundo. Luz quente e branca, como a do sol; como uma estrela. Aqueles olhos cheios de assombro a encararam, e Rhys percorreu seu braço com o dedo.–

— Bem, pelo menos agora posso me gabar de literalmente fazer minha parceira brilhar de felicidade– ela gargalhou, e o brilho ficou um pouco mais forte. Rhys se aproximou, a beijando suavemente, e ela se derreteu por ele, se erguendo ao passar a mão pelo peitoral dele–

Cursed Stars | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ Onde histórias criam vida. Descubra agora