Capítulo 4

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Londres, Inglaterra.

Março de 1806.

A coche que levaria eu, Ellie, e Cat ao palácio real estava pronta em frente à entrada de nossa residência. Meu pai e meu irmão optaram por ir a cavalo e Mathew ficou resolvendo algumas coisas na cidade.

Retiro a touca da capa que eu usava por conta do frio que fazia hoje e olho para o enorme lugar, antes de sermos guiado até o interior. O vestido era tão lindo que eu estava me sentindo especial. A capa era perfeita e me aquecia bem, juntamente com as luvas que dessa vez eram cumpridas e brancas. Meu cabelo dessa vez se encontrava solto, com as ondas de sempre e um pente presilha lindo, com algumas pedrarias, preso na parte de trás de minha cabeça.

Os guardas reais nos acompanham até a sala onde estava a rainha, e nesse percurso meu pai me passa segurança através de seu olhar. Os homens abrem as grandes portas e nós damos de cara com a rainha sentada em uma cadeira pomposa e com um vestido bem volumoso.

— Conde de Cambridge, Lady Beatrice Charlotte Lancaster e Lady Ellie Lancaster... Vossa Majestade. — Um dos guardas nos anuncia. Nós três fazemos uma reverência síncrona e andamos até a rainha. Ela sorri ao nos ver.

— Olá, família Lancaster! Como foi o caminho até aqui? — Pergunta.

— Foi mais tranquila do que podíamos imaginar, Majestade. — Meu pai a responde.

— Pensei que tivesse quatro filhos, Conde Cambridge. — A rainha diz confusa, percorrendo os olhos por mim e Ellie.

— Sim! Meu filho está com minha filha mais nova no lado externo... Ela gostou de ver seu jardim. — Ele responde e a rainha ri.

— Claro. Bom... Para não prolongar por muito tempo, devo começar dizendo que a senhorita é uma lady impecável. Foi a debutante de melhor performance no Baile Anual. Sua postura, reverência e incrível dicção foram essenciais para que se destacasse. Devemos isso à Condessa Lucie. — Diz e meu coração se aquece. Minha mãe era amiga da rainha, mas saber que seu legado está visível através de seus filhos é muito gratificante.

— Obrigada, Majestade. — Sorrio. — É realmente muito gratificante ver que o legado que nossa mãe deixou ainda está vivo. — Digo e Ellie me olha orgulhosa.

— O motivo para qual escolhemos você, a senhorita Phoebe e senhorita Cassie foram, foi porque queremos que sejam as pretendentes do meu sobrinho, Príncipe Adam.

Após ela dizer isso é difícil me concentrar nas próximas coisas que acontecem. Adam. Esse era seu nome, que eu antes não sabia.

Ser pretendente do príncipe? Não estou preparada para isso. Eu não o conheço e ele não me conhece. Porque eu seria pretendente de alguém que não sinto nada?

— Lady Beatrice? — A rainha me acorda de meus pensamentos e eu pisco algumas vezes. — Sabemos que é uma decisão importante a ser tomada. Você e seu pai terão dois dias para nos escrever uma carta dando uma resposta, seja negativa ou positiva. — Explica. Olho para meu lado esquerdo, Ellie está totalmente perplexa, mas tenta não demonstrar. Do meu lado direito meu pai está com uma feição orgulhosa, porém preocupada.

— Majestade, é uma honra ser escolhida para ser pretendente do Príncipe. Dou minha palavra de que pensarei com responsabilidade e carinho. Até porque, é algo muito importante. — Digo com cautela.

— Com certeza, querida. A moça a ser escolhida será futura rainha da França. — Faz questão de pontuar e eu sinto meu estomago criar vida. Meu coração da um salto. — O Rei Aramis está adoecendo muito rápido e o próximo na linha de sucessão é seu filho, Príncipe de Isére.

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