Amor e Resiliência

Capítulo 6

Londres, Inglaterra.

Março de 1816.

Eu ando de um lado para o outro no hall de casa e Carter zomba de mim ao passar.

— Se continuar assim vai fazer um buraco no chão. — Ele diz, indo para a sala de jantar. Reviro os olhos e ignoro-o.

Já se passaram dois dias desde que enviei a carta e ainda não tive nenhum retorno do Príncipe Adam ou até mesmo da rainha. Eu começo a me arrepender de ter enviado a carta quando observo uma carruagem real mais singela do que as que estávamos acostumados a ver. Eu arregalo os olhos e vejo meu pai se aproximando de mim.

— Deve ser o retorno da família real. Vamos ver. — Ele diz e nós vamos para o lado externo da residência.

Um servo real desce da carruagem e com suas roupas perfeitamente esticadas, posiciona as mãos para traz e ergue a cabeça antes de anunciar.

— Bom dia, Conde Cambridge e Lady Beatrice Charlotte, trago notícias do Castelo de Windsor, diretamente do Príncipe de Isére, o sobrinho de Vossa Majestade. — O homem faz uma pausa e então continua. — A partir do dia de hoje, o Príncipe se dispõe a cortejar Lady Beatrice de forma cavalheira, permitindo com que ambas as partes possam se permitir conhecer um ao outro cordialmente.

— Muito obrigado, senhor. — Meu pai responde ao anuncio e o mesmo mensageiro acena com a cabeça.

— O Príncipe também gostaria de saber se a senhorita estará disponível para uma visita amanhã a tarde. — Olho para o meu pai que sorri como incentivo para mim.

— Claro, estarei disponível. — Respondo.

— Obrigado. Vossa Graça. — O homem saúda meu pai e se retira.

Os servos reais se preparam para ir embora e eu ainda estou processando toda essa burocracia e conjunto de regras que fazer parte disso pode trazer. Tudo isso apenas para dizer que o príncipe está interessado em mim? E não seria ele a vir dizer isso para mim?

Talvez ele venha dizer amanhã. Nem consigo me imaginar tendo alguma conversa com o Príncipe. O que podemos ter em comum?

Sacudo a cabeça e me viro para entrar. Chego na sala de jantar para todos nós tomarmos café juntos e Ellie me olha como se estivesse implorando por uma atualização.

— E então? — Ela pergunta e eu reviro os olhos rapidamente.

— É claro que ele responderia, afinal foi ele quem demonstrou ter interesse primeiro, certo? — Digo convencida e Ellie fica boquiaberta antes de rir.

— Você é impossível! — Fala e nós rimos.

Após o café, nossa governanta Sra. Georgia, me chama para mais uma de suas lições de etiqueta, ou como se portar. Semanalmente ela chama eu e minhas duas irmãs separadamente para verificar se estamos aplicando corretamente todas as instruções que ela nos deu durante todos esses anos.

Executo todos os exercícios perfeitamente para que ela não tenha nenhuma correção e para que eu pudesse ser liberada o mais rápido possível.

Durante todo o resto do dia, todos os funcionários começaram uma movimentação um tanto agitada demais para que a recepção que o Príncipe receber amanhã seja a melhor de todas. E Annie como de costume não mediu esforços para me preparar para amanhã, até me obrigou a ter uma ótima noite de sono. Eu a obedeço, claro.

Minha respiração se tranquiliza quando me deito, porém, minha mente estava inteiramente acordada.

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Hey, meus leitores!

Esse capítulo foi mais curtinho porquê é mais um bônus de sexta-feira. 

O que estão achando da história até aqui? Aguardem e preparem o coração porque no próximo capítulo tudo começa a se tornar muuuito emocionante.

Vejo vocês no domingo.

Um beijo