Capítulo 24

194 17 16
                                    

(Atenção! Este capítulo contém conteúdo de denotação sexual, com narrações e descrições detalhadas. Se você for sensível, não é aconselhável que continue.)

Versalhes, França.

Abril de 1816.

Nossa festa já estava acontecendo há três horas. Com todos dançando em uma energia contagiante e alegre. Fico feliz em não ver Ethan por aqui, apenas Agnes, que chorou ao me ver e me abraçar fortemente, assim como minha irmã.

Meu pai estava orgulhoso, e meu irmão parecia mais irmão de Adam do que meu. Eu e Adam aproveitamos para dançarmos untos, algo que não fazíamos desde que saímos de Londres. Era como estar vivendo nossa primeira dança novamente.

Victoria, minha dama de companhia chega ao meu lado quando acabo de dar atenção a um outro convidado.

— Senhorita, que felicidade. Como está se sentindo? — Pergunta minha nova amiga, segurando uma de minhas mãos.

— Completa e feliz. Parece que meu destino e de Adam já estava traçado há muito tempo... — Compartilho meus sentimentos com ela.

— Que bom, minha amiga. Escute, essa noite é muito especial, sabe disso, não? — Pergunta, seu olhar focado em mim com muita atenção.

— Acho que sim. — Digo, um pouco menos constrangida e suspiro forte a fazendo rir.

— Você consegue... E depois eu quero saber de tudo! — Ela sussurra e nós duas rimos.

— Vic! Não vou lhe contar!

— Ah, vai sim! Você precisa, pelo menos se foi bom ou ruim... Comigo foi péssimo. — Ela diz e estremece ao lembrar.

— Que horrível! Eu... O que devo fazer primeiro? — Pergunto, mexendo nos dedos.

— Será ele quem vai lhe guiar. — Ela fala com uma expressão maliciosa e eu decido parar a conversa por aqui.

— Certo, vamos mudar de assunto. — Digo, a fazendo rir.

{...}

Após nos despedir de todos os convidados e de a rainha Isabel se mudar temporariamente para o outro palácio da família a fim de nos dar privacidade, o Palácio de Versalhes novamente fica em total silencio.

Enquanto Anne me vestia com a camisola e o robe novos, de tecido tão leve que me faziam flutuar, minha mente trabalha em silêncio.

Minha barriga parecia abrigar dezenas de borboletas que voavam de um lado para o outro. Annie percebe minha tensão e sorri fracamente.

— Está maravilhosa, senhora. — Ela garante, passando os dedos pelos meus cabelos que estavam soltos e despojados. Minhas ondas caiam de forma natural em meus ombros e colo.

Respiro fundo e tomo coragem.

— Obrigada, Annie. Me deseje sorte. — Eu brinco para aliviar a tensão e nós rimos juntas.

Saio para o corredor mal iluminado do palácio por castiçais pendurados nas paredes. Sigo o mordomo pessoal de Adam, o que é extremamente desconfortável. Odiei essa parte, mas o pior estava por vir.

O servo fica parado do lado de fora do quarto do novo rei.

— Sr. Leon, o senhor vai ficar parado aqui? — Pergunto indignada.

— Ordens maiores, senhora. — O servo responde.

— Ordens maiores? — Fico encabulada. — E por qual motivo?

— Para garantir que o casamento seja consumado, senhora. — Torna a dizer e eu fico envergonhada e horrorizada. No mesmo momento, a porta do quarto é aberta. Adam surge bem mais informal que horas atrás, sua camisa branca para fora da calça e o cabelo lindamente desalinhado.

Amor e ResiliênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora