IMPREVISÍVEL

Capítulo 46.

Ayumi

Observei ela tirar o cinto e sair do carro batendo a porta com força! Não consegui ficar na praia sabendo que ela não estava batendo muito bem.

Só pela cara da Bárbara da pra perceber que ela não esta nenhum pouco feliz e isso me preocupa bastante. Como vou engatar um relacionamento com alguém que sente ciúmes até do vento?

Fiquei uns minutinhos dentro do carro e depois sai caminhando rápido pra dentro de casa. Subi as escadas e entrei no quarto me surpreendendo

Pensava que ela estava aqui, mas nem sinal dela e eu até prefiro assim. Já perguntei 1 milhão de vezes se ela quer conversar sobre isso e todas as vezes ela me ignorou.

E eu também não posso ficar me humilhando! Vou deixar ela no espaço dela e espero que quando ela se sentir confortável ela venha conversar comigo.

Tomei um banho bem gostosinho e vesti um pijaminha. Como eu tinha comido algumas coisinhas na praia eu não tava com fome, então eu só fechei as cortinas e deitei sentindo minhas costas relaxarem.

Em poucos minutos eu senti o sono vim e eu nem lutei, me entreguei totalmente

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Acordei um pouquinho assustada porque o quarto tava muito escuro e eu deduzi que dormi a tarde inteira.

Levantei e peguei meu celular confirmando minha ideia, já era 7 da noite e eu me perguntei da onde tirei tanto sono.

Fiquei um tempinho no celular conversando com minha mãe e depois fui tomar um banho. Estava pensando se iria chamar a outra pra conversar

Tomei um banho rapidinho até porque não corri uma maratona enquanto estava dormindo, depois disso coloquei um vestido soltinho e fui passar meus cremes.

Penteei meu cabelo que tava parecendo um ninho de cobra e depois sai do quarto criando coragem pra ir conversar com ela.

Sei que isso é um papel que ela deveria fazer até porque quem surtou foi ela! Mas eu não consigo ficar brigada com alguém

Antes de ir até ela eu passei na cozinha e tomei um copo de agua, respirando fundo e indo até a sala de filmes.

Sabia que ela estava aqui porque ela me disse que iria ter que trabalhar virtualmente, então se ela não estava na piscina, na sala e nem na cozinha

Ela está aqui trabalhando e eu não errei.

Entrei na pontinha do pé e observei ela sentada em na cadeira com uma feição bem cansada, caminhei até ela e não disse nada, só sentei em seu colo e ela também ficou quieta.

Passei meus braços pelo seu pescoço e ela fez um esforço desligando o computador, depois disso ajeitou meu cabelo e começou a beijar meu ombro

Bárbara: você me desculpa? -ela cheirou meu pescoço- estou me sentindo uma idiota por ter te tratado mal

Ayumi: é porque não foi me procurar? -fiz um biquinho e ela levantou a cabeça me encarando

Bárbara: eu estava indo fazer isso agora, me desculpa por ter agido assim -fez uma pausa- não queria ter feito isso mas não consegui raciocinar direito

Ayumi: eu te desculpo -ela sorriu me dando um selinho- mais só se me prometer que não vai mais agir assim.

Bárbara: eu prometo -ela deitou a cabeça no meu ombro- mais me promete também que não vai deixar mais ninguém te tocar daquela maneira

Ayumi:ele não me tocou! Ele me abraçou Bárbara -ela suspirou fundo- e isso não é nada demais! Somos amigos, amigos se abraçam

Bárbara:mulher minha não precisa ser abraçada por outra pessoa além de mim -estremeci

Ayumi: sou sua desde de quando? Para de loucura que eu tô começando a me preocupar

Bárbara: é minha desde de quando me beijou naquela piscina -apertou minha cintura- eu só não gosto da ideia de outra pessoa tocando em você, qual o problema?

Ayumi: vários? isso é doentio -ela não falou mais nada

ficamos em silêncio só curtindo a presença uma da outra e por algum motivo isso tava gostoso. O clima tava ficando tenso e tudo oque se escutava era nossas respirações.

Sempre me disseram que o silêncio vale mais que mil palavras e eu só estou acreditando agora! Bárbara levantou a cabeça do meu ombro e me encarou sorrindo

Bárbara: tá pronta? -deixou um selinho nos meus lábios e eu ri

Ayumi: sim -abracei seus ombros deitando minha cabeça neles- faz oque quiser comigo -sussurrei beijando seu pescoço