Para Yuri Lukov a morte nunca foi um problema quando se tratava de pessoas cruéis, ingratas, soberbas e loucas por dinheiro, porém quando aqueles olhos pretos bateram em sua linha de visão, implorando pela vida, o seu corpo paralisou com um instinto...
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Os olhos do Yuri não saíram de mim, enquanto eu dava passos em direção a mesa que ele e o seu irmão estavam sentados. Suas órbitas marrons desceram pelo o meu corpo apreciando cada detalhe e curva que o vestido exaltava.
Sinceramente, eu adorava ver o desejo em seus olhos e apreciava ainda mais o fato de saber que por mais que ele olhe para mim, jamais irei ceder aos seus caprichos ou a vontade que descia pelo o meu corpo todas as vezes que fitava aqueles músculos.
O Yuri tinha aquela cara de homem mais velho e experiente e aquilo me instigava pra caralho!
Sabe quando você sabe que seria bem fodida? Pois é, sem dúvidas que com ele você séria.
— Bom dia, Vlad. — Pronuncie devagar sentando em uma cadeira que ficava na frente da do Yuri. Peguei a jarra de suco e coloquei um pouco em meu copo.
Encarei o adolescente de cabelos pretos e ele sorriu bebendo mais um gole do refrigerante e fitando os olhos do irmão quando percebeu que eu não iria cumprimentar o seu irmão mais velho.
Ainda não esqueci o fato que ele me trancou no quarto dele, se bem que o perfume dele foi um ótimo bálsamo para que eu conseguisse dormir.
— Parece que você virou a noite. — Murmurei reparando os seus cabelos bagunçados.
— Estava jogando. — Respondeu dando de ombros. Olhei para o Yuri esperando que ele dissesse algo, mas a única coisa que ele fez foi levar uma fatia de bacon na boca.
Esses irmãos mais velhos sempre mimam demais os mais novos e depois reclamam.
— Fernanda. — Chamou Vlad e meu rosto rapidamente se virou para encarar os seus olhos azuis.
— Sim? — Indaguei pegando algumas frutas para o meu prato.
— Convidei o Yuri para assistir um filme porque você não vem com a gente? — Perguntou e o seu irmão mais velho lançou um olhar estranho, porém não disse nada. Pelo visto, ele não gostou do convite.
É uma pena eu ter coisas para fazer, enquanto eles tiverem assistindo, se não eu faria questão de ir só para incomodá-lo durante o filme.
Ele ainda não sabe, mas se tudo que a minha mente louca estiver pensando for verdade, eu serei o seu pior pesadelo dele.
— Não dormi muito bem essa noite, então irei tentar descansar um pouco, já que estou um pouco sonolenta. — Dei uma desculpa fazendo questão de manter um sorriso meigo em meu lindo rosto. Finalmente, eles vão sair do meu pé e eu vou poder investigar essa casa ao mesmo tempo que ele assistia.
Quando os gatos saem a pequena ratinha aqui faz a festa.
— A Fernanda não gosta de ficar perto de mim, Vlad. — Rebateu o outro com um sorriso em minha direção.
— Yuri, você sabe que eu não consegui dormir. — Declarei fitando os seus olhos marrons, se bem que ele tem um ponto. Séria horrível assistir um filme com alguém que analisaria cada ponto fraco e forte meu, cada reação minha. Ele acha que eu não vejo, mas sou bem atenta a esses pequenos detalhes.
