Para Yuri Lukov a morte nunca foi um problema quando se tratava de pessoas cruéis, ingratas, soberbas e loucas por dinheiro, porém quando aqueles olhos pretos bateram em sua linha de visão, implorando pela vida, o seu corpo paralisou com um instinto...
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Você irá vê-los quando eu decidir.
Sua amiga não possui nenhum bebê.
Sua amiga não possui nenhum bebê.
Não há bebê.
Minha respiração para e por alguns instante sinto o mundo ao meu redor ficar em silêncio, meu peito bate rapidamente distribuindo diversos socos pelo o meu corpo, a falta de ar assume e não consigo respirar, encaro os meus dedos e os vejo tremendo.
Ele está mentindo, Fernanda.
Yuri está tentando me machucar tirando a verdade de mim, entrando em minha mente, me manipulando.
A cada segundo que estou em pé encarando ele paralisada sinto a minha energia fluir de mim, indo embora e me deixando uma casca para lidar com os meus sentimentos, meus joelhos cedem e me vejo ainda ainda com os meus olhos fissurados no brilho marrons do dele.
Sua amiga não possui nenhum bebê.
Levo a minha mão até a minha cabeça e tiro esse pensamento de mim tão rápido como ele chegou.
Yuri está mentindo.
— Você está mentindo. — Falei em voz alta tudo que eu queria e ele olhou para mim demonstrando estar confuso.
Sim, ele está brincando com a minha mente.
— Eu não sei porque você pensa que sua amiga tem um bebê, porque ela não tem. — Explicou calmamente e olhando para mim com sinceridade.
Não, não pode ser.
Encaro Jessica deitada no sofá enquanto mais uma vez pega um pote de sorvete, olho para ela e a mesma aponta para a barriga.
— Não tente culpar o meu afilhado ou afilhada por você ser neurótica por sorvete.
— Isso começou depois que eu engravidei, acho que nunca comi tanto sorvete na vida. — Disse ela fechando os olhos e aproveitando o sabor. Caminho e me sento ao seu lado no sofá, ela alisa a barriga e me fita com os seus olhos azuis piscina.
— O que você acha que vai ser? — Questionou e dava para ver que ela estava surtando de ansiedade, olhei novamente para a sua barriga e sendo sincera não fazia ideia do que poderia ser.
— Não sei, a única coisa que posso dizer é que vão amar a madrinha aqui! — Uma risada explodiu no peito da Jessica e ela revirou os olhos voltando assistir.
Quem diria que a minha amiga certinha engravidaria com o segundo cara que pegou? Se tivesse essa conversa anos atrás, ela riria muito e diria que é mais fácil acontecer comigo pela quantidade de vezes que tranzo com alguem diferente.
— Ela estava grávida no acidente! — Vociferei encarando os seus olhos marrons. Yuri analisou cada uma das minhas palavras e mudou o peso da perna focando novamente sua íris em mim.
